Curso de Medicina terá mais 11 mil vagas, afirma Dilma



Em sua coluna semanal Conversa com a Presidenta, Dilma Rousseff respondeu a perguntas sobre cursos de Medicina financiados pelo governo federal. A presidenta anunciou a criação de 11.447 vagas até 2017 e adiantou que o curso poderá sair de graça caso o médico formado trabalhe em unidades de atenção básica do SUS, em regiões com carência de profissionais. Ele terá uma redução de 1% no valor financiado para cada mês trabalhado, o que significa que, com 8 anos e 4 meses a dívida é quitada.

Dilma também falou sobre o programa Luz para Todos, em que apontou que agora 15 milhões de pessoas que não tinham luz em suas casas já podem contar com energia elétrica. Dilma afirmou que sua preocupação com a energia começou quando ela ainda era ministra de Minas e Energia, em 2003, e que em dez anos, o governo investiu mais de R$ 20 bilhões para combater  o problema.

Confira a coluna semanal da Presidenta Dilma Rousseff na íntegra:

Sandra Regina Poiani, 50 anos, professora da rede pública, em São Paulo (SP) – Meu filho sempre estudou em escola pública e agora pretende fazer medicina pediátrica. No entanto, os cursos oferecidos em instituições particulares são muito caros e nas instituições públicas é muito difícil de entrar. Fiquei sabendo que a senhora abrirá cursos de medicina financiados pelo governo federal. Gostaria de saber como inscrevê-lo para o vestibular desse programa.

Presidenta Dilma – Sandra, realmente, nós vamos criar 11.447 vagas de graduação em cursos de medicina até 2017, sendo mais de três mil vagas em universidades federais.   Além destas vagas, para facilitar o acesso às instituições privadas de ensino, Sandra, o Programa Universidade para Todos (Prouni) concede bolsas integrais ou parciais para estudantes que cursaram o ensino médio completo em escola pública ou em escola privada na condição de bolsista integral e que tenham renda familiar de até três salários mínimos por pessoa. Desde 2005, o Prouni já beneficiou 1,27 milhão de estudantes em todo o País.

Outra opção é o estudante matricular-se em uma instituição particular participante do Financiamento Estudantil (Fies), que já beneficiou 1,13 milhão de estudantes. Os juros são de apenas 3,4% ao ano e o prazo de pagamento é de três vezes a duração do curso acrescido de um ano. A primeira parcela só é paga 18 meses após a conclusão do curso.

No caso da medicina, o curso pode sair de graça, se o médico formado for trabalhar em unidades de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), em regiões com carência de profissionais. Ele terá uma redução de 1% no valor financiado para cada mês trabalhado, o que significa que, com 8 anos e 4 meses de trabalho no SUS, a dívida é quitada. Nós temos investido muito para ampliar e democratizar, cada vez mais, o acesso ao ensino superior, inclusive com a interiorização das Instituições Federais de Educação Superior. 

Uma importante mudança nesse sentido foi a criação das cotas nas instituições federais para alunos que sempre estudaram em escolas públicas, como é o caso do seu filho. Neste ano, tornou-se obrigatória a destinação de 12,5% das matrículas para esses estudantes de escolas públicas, sendo metade delas destinada a alunos com renda familiar inferior a 1,5 salário mínimo por pessoa. A reserva crescerá a 25% das vagas em 2014 e chegará ao limite de 50% em 2016. É respeitado também o percentual mínimo de negros, pardos e indígenas correspondente à sua participação na população da Unidade Federativa.

Presidenta, quais são os resultados do Programa Luz para Todos, que completou dez anos de existência? (*)

Presidenta Dilma – O Programa Luz para Todos, desde a sua criação, mudou a vida de 15 milhões de pessoas que viviam na escuridão, à base da vela, da lamparina e do candeeiro. Foi por isso que, em 2003, quando eu era ministra de Minas e Energia no governo do presidente Lula, criamos o Luz para Todos, para levar energia elétrica às áreas rurais do Brasil, por mais distantes e isoladas que fossem. Hoje, já são 3,1 milhões de famílias beneficiadas com a ligação da luz elétrica, e para isso, o País investiu mais de R$ 20 bilhões nesses dez anos.

Nossa meta é chegar a 3,37 milhões de famílias atendidas até 2014, universalizando o acesso a esse serviço. As famílias que já foram atendidas hoje podem ter uma geladeira para guardar alimentos, televisão, computador, liquidificador, máquina de lavar roupa.

Podem também instalar bombas d’água, trituradores e outros equipamentos que facilitem o empreendedorismo da família. Nas comunidades atendidas, os postos de saúde têm como conservar vacinas e medicamentos e as escolas podem funcionar no período noturno. Na Ilha de Marambaia (RJ), por exemplo, 90 famílias de quilombolas foram beneficiadas, e as que vivem da pesca compraram geladeiras e freezers para a conservação do pescado e se livraram dos atravessadores, conseguindo preços mais justos por sua produção.

Na região de Manaus (AM), na comunidade N. S. de Fátima, os ribeirinhos que coletavam cupuaçu e vendiam o produto in natura para atravessadores têm, hoje, uma pequena indústria, com câmara frigorífica própria, e processam oito tipos de frutas. Estes são exemplos de como o Luz para Todos traz dignidade, conforto e oportunidade. A família com luz em casa dá um salto em direção a um futuro de prosperidade, e é isso que queremos para todos.

(*) Esta pergunta, que precede a Mensagem, foi formulada pela Secretaria de Imprensa para melhor entendimento do conteúdo.

Fonte:
Portal do Planalto



19/11/2013 09:52


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