Cyl Gallindo autografa coletânea no estande do Senado
Foi um sucesso a tarde de autógrafos promovida pelo escritor e jornalista pernambucano Cyl Gallindo no estande do Senado na IV Bienal Internacional do Livro de Pernambuco no último domingo (5). Gallindo é autor das apresentações às 2ª, 3ª e 4ª edições do livro Canudos e outros temas, publicadas pela Editora do Senado. Dezenas de pessoas prestigiaram o evento.
O livro traz textos do próprio Euclides da Cunha e foi organizado por Olímpio de Souza Andrade e Dermal de Camargo Monfrê. Publicado originalmente em 1967, teve edições comemorativas publicadas pelo Conselho Editorial do Senado nos 90 e 100 anos da obra maior do autor, Os Sertões. O Conselho busca trazer ao público obras raras e de grande valor cultural, vendidas a preço de custo e destinadas principalmente a pesquisadores, professores e estudantes.
Gallindo é editor para o Brasil de Francachela - Revista Internacional de Literatura e Arte (editada na Argentina). Já trabalhou nos principais jornais pernambucanos e tem uma dezena de livros publicados, detentores de vários prêmios literários. Entre eles, Um morto coberto de razão, de contos (Prêmio Nacional de Ficção, Recife, 1985) e A conservação do grito-gesto (Concurso Nacional de Poesias, Recife, 1971).
O jornalista se disse muito honrado em participar das atividades do estande do Senado na Bienal, -principalmente vendo o primor da edição dos livros-. Segundo ele, -são obras estruturais para a cultura brasileira-. Cyl Gallindo agradeceu ao vice-presidente do Conselho Editorial, Joaquim Campelo Marques, pelo convite para a tarde de autógrafos; ao ex-senador Lúcio Alcântara, que incentivou, como presidente do Conselho Editorial, as edições do Senado; e a Joel Bicalho Tostes, responsável pelo espólio de Euclides da Cunha.
- A participação do Senado nas bienais e feiras de livro são um espelho real do que seja uma democracia - afirmou.
Na abertura para a 4ª edição, Gallindo afirma se sentir bastante honrado pela -luta de alcançar o sentido- da monumental obra de Euclides da Cunha. Seu objetivo, ao prefaciar a obra, é -fazer ver ao espírito de Euclides da Cunha que, em contrapartida a suas verdades, ocultadas ou esquecidamente lembradas, o engodo e a mentira continuam massacrando, espezinhando, segregando e marginalizando o povo nordestino-.
06/10/2003
Agência Senado
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