DAEE cumpre cronograma de trabalho em São Luiz do Paraitinga
Departamento já desassoreou 8 km do rio Paraitinga e conduz os serviços de derrocamento
Os serviços que compõem a 1ª. Fase do plano de intervenções do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), para minimizar os riscos de enchentes em São Luiz do Paraitinga estão em dia e continuam em andamento, cumprindo um conjunto de obras, todas amplamente debatidas pelas partes envolvidas neste processo: o Governo do Estado - por meio do DAEE e da Cetesb -, a Prefeitura de São Luiz de Paraitinga, o Ministério Público, o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio, Histórico, Arqueológico, Artístico), o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), além de representantes da população.
Por se tratar de uma cidade tombada pelo Condephaat e o Iphan, o DAEE atua na chamada 1ª.Fase do Plano de Intervenções, que compreende ações relativas ao desassoreamento e derrocamento. Outras sugestões, que envolvem o meio ambiente e o patrimônio histórico, porém, ainda passam por discussões.
1ª. Fase - O investimento de R$ 13,5 milhões, 100% realizado com recursos do Tesouro paulista desde 2010, compreende os serviços de desassoreamento e derrocamento: R$ 1,5 milhão em estudos e projetos, além de R$ 12 milhões em serviços.
Desassoreamento - Já está concluído o desassoreamento de 8 km, entre a ponte de entrada da cidade até a foz do rio Chapéu, principal afluente do rio Paraitinga. Um total de 220 mil m³ de material foi retirado, de agosto de 2010 até o momento. O desassoreamento será contínuo, assim como ocorre com rios de importância vital para as cidades como o Tietê, seus afluentes, e outros do Estado de São Paulo.
Derrocamento - Com o objetivo de aumentar a calha do rio e também sua vazão, consequentemente, 2 mil m³ de rocha já foram derrocados, de um total de 8 mil m³ previstos, como parte do cronograma de 20 meses. Desassoreamento + derrocamento somados aumentará a vazão do rio de 110 m³ para 160 m³ por segundo.
2ª. Fase - Os estudos contratados pelo DAEE indicam que a solução para São Luiz do Paraitinga minimizar os efeitos de eventuais enchentes, a exemplo da catástrofe que a surpreendeu no verão de 2010, engloba vários tipos de obras e em vários níveis O valor estimado para essa etapa é de cerca de R$ 100 milhões e compreende, a continuidade do desassoreamento e derrocamento, além de:
Polder - O DAEE entende que a construção de um polder na região em que o rio Paraitinga avançou sobre a cidade - entre as ruas do Pressoto e Capitão Benedito Sobrinho, é essencial. O polder (um conjunto de obras que prevêm muro, uma galeria embaixo da rua, bombas para controle da vazão das águas etc) funcionaria como uma proteção, permitindo, inclusive, aprofundar a calha do rio. A construção, no entanto, tem recebido resistência dos órgãos de preservação, embora o DAEE venha adaptando o projeto que, agora, contempla até um boulevard e outros itens que irão valorizar o local e entorno.
Barragem - A 2ª. etapa também contemplaria a construção de um reservatório de controle de vazão do rio Paraitinga (rio de muita velocidade), a montante do município, com capacidade para acumular 70 milhões de m³. Para obra de tal envergadura, se aprovada, seria necessário estudar ainda, a viabilidade de recursos.
O polder e a barragem aumentariam a vazão do rio de 160 m³ para 230 m³ por segundo.
Postos Telemétricos - O DAEE, igualmente, concluiu em dezembro de 2011, a instalação de 12 postos de telemetria que medem índices de chuvas (pluviômetros) e o nível dos rios (fluviômetros) na bacia dos rios Paraitinga, incluindo o rio Paraibuna e o Ribeirão do Chapéu. O conjunto integra o sistema de monitoramento da bacia do rio Paraíba do Sul, que será composto por 30 postos e está sendo implantado em duas etapas.
A primeira é composta por 20 pontos de monitoramento. Já estão em operação 7 postos no rio Paraíba do Sul, 7 postos no rio Paraitinga, 2 postos no Ribeirão do Chapéu e 1 posto no rio Paraibuna. O DAEE está concluindo a instalação dos 3 equipamentos restantes no rio Paraíba do Sul - Caçapava, Lorena e Cachoeira Paulista - que devem entrar em operação ainda em janeiro, completando o conjunto.
A segunda etapa prevê o investimento de R$ 900 mil na instalação, ainda no primeiro semestre de 2012, de mais 10 postos na bacia do Paraíba do Sul e na manutenção do sistema por dois anos.
Os postos já em operação transmitem os dados em tempo real para a central de monitoramento, instalada no Centro Tecnológico de Hidráulica (CTH), diretoria do DAEE localizada na USP, e para as "Salas de Situação" localizadas na sede do DAEE em São Paulo e da Diretoria da Bacia do Paraíba e Litoral Norte, em Taubaté. O sistema utiliza também as imagens colhidas pelo Radar Meteorológico de Ponte Nova, com previsão de precipitações de curto prazo. A análise dos dados permite a emissão de alertas - Estado de Atenção, Alerta e Emergência - de possibilidade de extravasamento dos rios com três horas de antecedência.
POSTOS EM OPERAÇÃO
RIO PARAIBA DO SUL
•Santa Branca
•Guararema
•Jacareí
•Várzea do Paraíba (Pindamonhangaba)
•Potim
•S.José dos Campos
•Bairro Rio Comprido (Guaratinguetá)
RIO PARAITINGA
•Campos de Cunha
•Estrada de Cunha
•Foz do rio Jacuí
•Rio Paraitinga Jusante do Jacuí
•Rio Paraitinga Lagoinha
•Rio Paraitinga S.Luiz do Paraitinga
•Fazenda Cume
RIBEIRÃO DO CHAPÉU (afluente do rio Paraitinga)
•Ribeirão do Chapéu foz
•Catuçaba
RIO PARAIBUNA
•Ponte Alta
POSTOS INSTALAR
RIO PARAÍBA DO SUL
•Parque Moçota (Caçapava)
•Lorena
•Cachoeira Paulista
Do DAEE
01/17/2012
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