DAEE inicia canalização do córrego Taboão no ABC



As obras começaram nesta quarta-feira, 2, e devem ser concluídas em 18 meses

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O Governo do Estado vai investir R$ 9,5 milhões nas obras de canalização de 2,5 quilômetros do córrego Taboão, que marca a divisa dos municípios de São Bernardo do Campo e Diadema, na região metropolitana de São Paulo. O trecho se estende do piscinão Taboão, em fase de construção, até o futuro piscinão Ford-Fábrica, que será construído dentro da área da empresa automobilística. As obras começam nesta quarta-feira, 2, sob o comando do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), autarquia vinculada à Secretaria de Saneamento e Energia. A expectativa do departamento é concluir a canalização em 18 meses.

O novo canal, em muros de gabião revestido de concreto projetado, terá largura média de 6 metros e 2,5 metros de profundidade, permitindo uma vazão controlada pelo piscinão Taboão de até 44 mil litros de água por segundo. Atualmente, o córrego Taboão chega a apresentar vazões de até 100 mil litros de água por segundo quando ocorrem grandes chuvas, ocasionando graves enchentes no local, o que deverá ser solucionado com o novo canal e o novo conjunto de piscinões que o DAEE está construindo.

Combate a enchentes

As obras de canalização do córrego Taboão iniciadas hoje são parte de um grande esforço do Governo do Estado para pôr fim às enchentes na região metropolitana de São Paulo. Desde os anos 60, poucos anos após sua criação, o DAEE é o órgão que lida diretamente com a questão. É papel de seus técnicos desde a elaboração de estudos da vazão de água até a construção de obras para contenção das cheias.

O departamento foi responsável por importantes obras nesse setor. Nos anos 60, pela retificação do rio Tietê de São Miguel Paulista a Santana do Parnaíba. Mais recentemente, pela canalização dos rios Tamanduateí (16,5 quilômetros) e Cabuçu de Cima (10,3 quilômetros); pelo conjunto de barragens do Alto Tietê – Ponte Nova, Jundiaí, Biritiba, Taiaçupeba e Paraitinga, que fornecem 10 mil litros de água por segundo para o abastecimento público da região metropolitana.

No final de 2006, o Governo do Estado concluiu o aprofundamento de 45 quilômetros da calha do rio Tietê, da barragem da Penha ao lago da barragem Edgard de Souza, em Santana do Parnaíba, obra também realizada pelo DAEE.

Na atual gestão, o ritmo de trabalho se manteve elevado. Em abril de 2007 foram inaugurados dois piscinões: o Ford Taboão, em São Bernardo do Campo, e o Oratório, na divisão de São Paulo com Santo André. O primeiro ganhou investimentos de R$ 17,5 milhões e tem capacidade para reter 340 mil metros cúbicos, já o segundo retém 110 mil metros cúbicos ao custo de R$ 17,6 milhões. Como o próprio nome sugere, as estruturas não passam de grandes reservatórios destinados a reter a água das chuvas impedindo inundações.

De 2007 para cá, três pontes também foram erguidas na região com o objetivo de melhorar a infra-estrutura viária e de circulação de pessoas. Foram investidos R$ 2,4 milhões para a construção de duas pontes sobre o Ribeirão dos Meninos, entre São Paulo e Santo Caetano do Sul, inauguradas em novembro de 2007, e mais R$ 1,3 milhão para construir uma ponte sobre o córrego do Oratório, entre São Paulo e Santo André, inaugurada em maio deste ano.

Próximos passos

Dois piscinões devem se somar aos 18 já existentes. O próximo a ser entregue, em maio de 2009, será o piscinão Taboão, com capacidade para 180 mil metros cúbicos. Instalado na margem esquerda do córrego Taboão, em São Bernardo do Campo, ele vai beneficiar os bairros Jardim Vera Lúcia, Vila Esther, Jardim Maravilha (em São Bernardo do Campo), Vila Santa Luzia e Vila Irene (em Diadema).

O vigésimo piscinão a ser construído na região do ABCD é o Ford-Fábrica, também em São Bernardo do Campo. Com capacidade de armazenamento de 100 mil metros cúbicos, o investimento de R$ 6,36 milhões vai beneficiar os bairros Jardim Vera Lúcia, Vila Esther, Jardim Maravilha (São Bernardo), Vila Santa Luzia e Vila Irene (Diadema).

Manutenção

No rol das ações em andamento figura ainda a manutenção de todos os piscinões em operação. O Governo do Estado está destinando R$ 6,6 milhões para retirar 350 mil metros cúbicos de sedimentos de todos os piscinões. O sistema elétrico e o conjunto de bombas do piscinão Petrobrás, o maior de todos, com capacidade para 800 mil metros cúbicos, está sendo recuperado ao custo de R$ 1,9 milhão.

As margens do rio Tamanduateí vão passar por uma operação de limpeza. A medida visa remover o excesso de vegetação e recuperar o revestimento das lajes, de uma parede diafragma e das travessias. Serão aplicados R$ 1,1 milhão para os faxineiros percorrerem os 16,3 quilômetros entre a foz do córrego do Oratório e o rio Tietê.

Manoel Schlindwein

(I.P.)



07/02/2008


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