Demóstenes: "Venda da Varig é caso de CPI"
Para o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), membro da Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI), não há dúvida de que as informações prestadas pela ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu, em depoimento à comissão, têm consistência suficiente para levar à criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI).
- O que ela disse vem ganhando força, vem ganhando consistência. Isso pode levar, com certeza, a uma CPI e a uma bomba pronta para explodir dentro do Gabinete Civil e da própria ante-sala da Presidência da República porque o Roberto Teixeira é compadre do Lula - disse Demóstenes, em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (12).
Na avaliação do senador, já está presente o elemento indispensável à criação dessa CPI, que é o fato determinado a ser apurado: tráfico de influência e corrupção.
Demóstenes ressaltou que Denise Abreu apresentou à comissão 12 mil páginas de documentos que serão analisados e repetiu a acusação de que foi pressionada a aprovar, sem a devida análise, a compra da Varig e da VarigLog pelo fundo norte-americano Matlin Patterson e seus três sócios brasileiros.
O parlamentar entende que o desmentido dos depoentes que a sucederam, o ex-diretor da Anac Leur Lomanto, o ex-presidente da agência Milton Zuanazzi, e o ex-procurador da autarquia João Ilídio de Lima Filho, são contraditórios e facilmente refutáveis.
De acordo com Demóstenes, são muitos os indícios de irregularidades e está claro o fato de ter havido pressão por parte do governo com o objetivo - acredita o senador - de favorecer "o compadre do Lula", fatos esses que requerem uma investigação.
12/06/2008
Agência Senado
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