Dengue mata seis vezes mais no Rio










- Dengue mata seis vezes mais no Rio

- A epidemia de dengue está matando seis vezes mais pessoas no município do Rio que no restante do estado. Enquanto na Baixada Fluminense e no interior ocorre uma morte para cada grupo de 6.607 infectados, a capital registra um óbito para cada 1.006 pessoas com a doença.

Na forma mais grave do dengue, a hemorrágica, o índice de letalidade no município do Rio é de 2,5%, ou seja, 150% acima do chamado limite tolerável estabelecido pela Organização Pan-Americana para a Saúde (Opas), que é de 1%. O número de mortes na atual epidemia já é quatro vezes maior que em 1991.

Até mesmo o dengue clássico está matando mais atualmente: se comparado à epidemia de 1986 e 1987, agora já se registra proporcionalmente oito vezes mais mortes.

O secretário estadual de Saúde, Gílson Cantarino, disse ontem que vai processar o presidente da Funasa, Mauro Ricardo, que acusara o estado de desviar verbas do dengue. (pág. 1 e 11 a 16)

- O Ministério Público Federal pediu ontem o seqüestro dos bens móveis e imóveis do ex-presidente do Senado Jader Barbalho e de mais oito acusados de formar uma quadrilha responsável pelo desvio de R$ 132 milhões da extinta Sudam em Tocantins e no Pará.

Caberá à Justiça Federal de Tocantins decidir se decreta o bloqueio. Se o pedido for aceito, Jader poderá movimentar apenas sua aposentadoria de ex-parlamentar. (pág. 1 e 3)

- Ao responder às críticas que vem sofrendo por tentar se aliar ao PL, o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que só continuará na campanha se seu partido fizer coligações. "Não estou disposto a perder pela quarta vez", disse. (pág. 1 e 8)

- Projeto de lei elaborado pelo Ministério da Justiça aumenta a pena para porte ilegal de armas e torna inafiançável o crime quando estiver envolvido armamento de uso exclusivo das Forças Armadas. A proposta também eleva a pena para quem der armas a crianças e adolescentes. (pág. 1 e 9)

- Em meio à negociação para promover cortes no Orçamento e nos repasses às províncias, o presidente argentino Eduardo Duhalde assinou decreto em que aumenta seu próprio salário em torno de 17%, passando a 3 mil pesos líquidos (US$ 1.500) enquanto o funcionalismo público está sem receber. A CGT prevê explosão social se esses salários não forem pagos. (pág. 1 e 21)

- O Instituto de Criminalística de São Paulo concluiu que as amostras de terra recolhidas do sapato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, são compatíveis com as encontradas num bar abandonado na Favela Pantanal. A polícia concluiu que o local, onde foi encontrado um recibo de pagamento em nome do prefeito assassinado, foi mesmo usado como cativeiro. (pág. 2 e 9)

- A grande demanda por ações da Vale do Rio Doce com recursos do FGTS pode fazer com que o investidor não consiga comprar todo o lote que deseja. O Governo já tinha limitado em R$ 1 bilhão o valor das operações com uso do FGTS. Se a demanda for de R$ 2 bilhões, por exemplo, haverá um rateio e cada investidor ficará apenas com metade das ações que pretendia. (pág. 2 e 23)


Colunistas

PANORAMA POLÍTICO – Tereza Cruvinel

O governador Jarbas Vasconcelos não falou grego em sua passagem por Brasília esta semana mas prevaleceu a versão de que desistiu de ser vice de José Serra. Pelo menos o PMDB parece ter entendido mal deliberadamente. Tanto que imediatamente surgiram, entre os governistas que mandam no partidão, outros candidatos à vaga. Um sinal de que não será fácil fechar esta aliança. (...) (pág. 2)

(Nhenhenhém - Jorge Bastos Moreno) - Remexendo os arquivos, o governador Anthony Garotinho encontrou este fax a FH, datado de 15 de junho de 99:
"Excelentíssimo senhor presidente da República:

O Rio de Janeiro foi o primeiro estado brasileiro a sofrer, na metade da década de 80, os efeitos da reintrodução do mosquito da dengue, até a época considerado erradicado. (...)

"Preocupa-nos profundamente o término, em 30 de junho próximo, dos contratos dos guardas de endemias que atuam m nosso estado, autorizados pela Lei 8745/93 e que vêm sendo renovados através de medidas provisórias.

"Pelo exposto, manifestamos à vossa excelência a necessidade de prorrogação dos referidos contratos, única forma de evitarmos o risco de agravamento do quadro sanitário, inclusive pelo fato de que a introdução de um terceiro tipo de vírus fará eclodir uma grande epidemia de dengue hemorrágica (...)".

Garotinho diz que até hoje não teve resposta.

  • Recostado na sua poltrona preferida da sala de estar do Alvorada, numa de suas passagens por Brasília, FH é abordado de chofre:
    "Na inviabilidade da candidatura Serra, qual o plano B?"

    A resposta, no mesmo tom:
    "José Serra". (pág. 3)

    (Ancelmo Góis) - O juiz federal Marcos André Bizzo Moliari, que mandou prender oito dirigentes do finado Banco Nacional, falou na CPI do Proer da Câmara dos Deputados. Mas foi um encontro a portas fechadas, a sós com os deputados Gustavo Fruet (presidente) e Alberto Goldman (relator).
  • Pesquisas que sairão da quarentena neste fim de semana mostram Roseana encostando em Lula (ainda no primeiro turno). (pág. 14)

    Editorial

    "VOTO DE CONFIANÇA"


    (...) O Brasil talvez seja a última das nações com razoável nível de desenvolvimento que está em vias de flexibilizar sua legislação trabalhista. Todas as demais já passaram por essa etapa, e devem entrar em uma nova fase de revisão.

    O maior prejudicado com a rigidez da legislação é o trabalhador. (...)

    A mudança da legislação transfere para os acordos coletivos o eixo principal das relações capital-trabalho. O Brasil é um País democrático, no qual os sindicatos precisam ter papel mais preponderante e responsável.

    Desta forma, as negociações coletivas refletirão a realidade econômica de cada empresa ou setor, o que preservará e até ampliará o número de empregos formais. (pág. 6)


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    02/23/2002


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