Depoimento de procuradores que ocorreria no dia 17 é adiado
Foram adiados os depoimentos dos procuradores da República Daniel de Resende Salgado e Léa Batista de Oliveira, antes agendados para a manhã da quinta-feira (17) pela CPI do Cachoeira. Pedido nesse sentido foi atendido pelos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que investiga as relações de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados. Agora os depoimentos só ocorrerão após o dia 31 de maio.
Nesta data, o juiz da 11ª Vara Federal de Goiânia marcou audiência do processo movido contra Carlinhos Cachoeira, originário das investigações da operação Monte Carlo, realizada pela Polícia Federal para desarticular a organização que explora máquinas caça-níqueis em Goiás e mantém conexões com políticos, servidores públicos e empresários. Na ocasião serão ouvidas testemunhas de acusação e defesa. Seus depoimentos à CPI os tornariam impedidos de prosseguir atuando na causa, conforme previsto nos artigos 252 e 258 do Código de Processo Penal. Isso obrigaria outro procurador a estudar todo o processo até o fim do mês para substituí-los, sendo que eles promoveram a denúncia original e conhecem profundamente a causa.
- Considero prudente e conveniente o adiamento da oitiva – disse o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), durante a reunião administrativa ocorrida nesta terça-feira (15).
Nova data ainda será marcada pelos integrantes da CPI.
Sigilos
No lugar da audiência dos procuradores, a CPI mista realizará, no dia 17 a partir das 9h30, reunião administrativa para a votação de requerimentos.
- Será uma pauta técnica, exclusivamente para a quebra de sigilos que precisam chegar para cá com rapidez, para municiar a ação dos parlamentares – declarou Vital do Rêgo ao final da reunião da comissão.
Segundo informou o senador, serão analisadas quebras de sigilo relativas a informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e do Banco Central.
15/05/2012
Agência Senado
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