Depois de 8 horas e meia, CPI encerra depoimento de governador de Goiás
Terminou às 19 horas o depoimento do governador Marconi Perillo (PSDB) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que investiga as relações criminosas de Carlos Cachoeira com agentes públicos e privados.
Foram mais de 8 horas de explicações a deputados e senadores, na maior parte do tempo num clima de tranqüilidade, até que o relator Odair Cunha (PT-MG) perguntou se o governador disponibilizaria seu sigilo telefônico, o que provocou protestos de parlamentares do PSDB.
Exaltados, os defensores do governador afirmaram que Perillo não é investigado, mas apenas uma testemunha, e criticaram a postura do relator. A partir daí, os parlamentares, além de fazer perguntas aproveitaram para expressar opiniões sobre o depoimento. Os do PSDB se revezaram ao microfone para defender o governador.
O senador Jayme Campos (DEM-MT), por exemplo, disse que Perillo “sairia da CPI de alma lavada e seria carregado pelo provo goiano”. Já o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) se disse insatisfeito com as explicações e indagou como uma pessoa pode vender uma casa por R$ 1,4 milhão sem olhar de quem são os cheques do comprador.
A reunião desta terça-feira (12) para ouvir o governador goiano foi mais longa e concorrida até que a do próprio Carlos Cachoeira, que usou o direito de ficar calado, em 23 de maio.
No lado de dentro da sala da CPI, faltaram lugares para todos os parlamentares; além disso, jornalistas e assessores tiveram que se acotovelar para conseguir acompanhar o depoimento de pé. Do lado de fora, manifestantes com nariz de palhaço, opositores do governador, trocaram ofensas com seguidores de Perillo.
Os ânimos ficaram exaltados, e a Polícia do Senado precisou intervir para evitar um confronto entre os dois grupos.
Após a reunião, o governador deixou o Senado rapidamente, sem falar com a imprensa, e cercado por seguranças e assessores.
Nesta quarta-feira, às 10h15, será a vez de o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT) prestar depoimento.
Mais informações a seguir
12/06/2012
Agência Senado
Artigos Relacionados
Depois de quase nove horas, depoimento de jornalista à CPI se encerra
Arthur Virgílio encerra pronunciamento de 3 horas e meia
A sessão da CPI da Segurança foi suspensa depois de 12 horas de inquérito
Depoimento de Jader dura três horas
Depoimento de Diógenes já dura sete horas
Já dura quatro horas depoimento de uma das contratadas 'fantasmas'