Desativada carceragem do 48º Distrito Policial em Cidade Dutra



Sem os presos, eficiência dos policiais na região aumentou 400% em esclarecimento de casos

Sem os presos, eficiência dos policiais na região aumentou 400% em esclarecimento de casos A população de Cidade Dutra, bairro da Zona Sul da Capital, está mais tranqüila, desde que os presos do 48º Distrito Policial foram transferidos no final do ano passado. Agora, não existe mais o risco de rebeliões, fugas e resgates. Além disso, a eficiência da Polícia aumentou 400% em número de casos esclarecidos. Neste sábado, dia 24, o governador Geraldo Alckmin derrubou as grades da carceragem para que nunca mais se coloquem presos no local. O governador explicou que a retirada dos presos dos distritos tem três objetivos: evitar fugas e rebeliões, uma vez que as delegacias são locais públicos e não têm a mesma segurança de um presídio; melhorar a eficiência dos policiais no trabalho investigativo e judiciário; e permitir que a Polícia possa atender melhor a comunidade. “Além das ações na área da segurança, precisamos trabalhar nas causas da violência promovendo ações nas áreas da saúde, educação, esporte e lazer”, disse Alckmin. Ele citou como exemplos o Programa de Saúde da Família, que visita as pessoas em casa, e a construção da Vila Olímpica na Raposo Tavares, que vai incentivar a prática de esportes na Capital e Região Metropolitana. “São Paulo tem a terceira maior Região Metropolitana do mundo, com 17,5 milhões de habitantes. Além da grande concentração populacional, há grandes diferenças sociais, o que contribui para o aumento da violência”, observou. Após da derrubada das grades, Alckmin visitou a sede do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) do bairro, que reúne 200 pessoas para discutir os problemas de segurança da região. É o Conseg que vai definir o destino da área da carceragem desativada, que poderá se tornar uma biblioteca, um centro de treinamento para os policiais ou uma Delegacia da Mulher. O Conselho também oferece cursos de informática, telemarketing, dança e línguas para a comunidade. Com a desativação da carceragem do 48º DP, que tinha capacidade para 25 detentos, mas chegou a abrigar 168, a Secretaria da Segurança Pública deu continuidade aos atos formais de derrubada das grades, ou seja, até o momento, das 21 carceragens efetivamente esvaziadas, 14 já tiveram suas grades derrubadas em ato simbólico presidido pelo governador do Estado. São elas: 6º, 15º, 21º, 23º, 30º, 42º, 48º, 54º, 56º, 70º, 78º, 95º e 100º, além da carceragem do Depatri. Os presos foram transferidos para os Centros de Detenção Provisória (CDPs) Belém I e II, na Capital. “O Governo está fazendo um grande esforço para que os distritos policiais não tenham mais nenhum preso”, enfatizou Alckmin. De acordo com o secretário estadual da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi, com os distritos superlotados a tensão é bastante grande, o que dificulta a ação policial. “Os policiais se preocupavam com rebeliões, fugas e resgates, não podendo dar tanta atenção à função investigativa”, disse. Segundo o secretário-adjunto, Mário Papaterra Limongi, os critérios para a transferência dos presos são a proximidade com os CDPs, a situação de superlotação das carceragens e a atuação da comunidade. Os CDPs foram projetados para alojar presos provisórios (aqueles que ainda aguardam julgamento) e desafogar os distritos e cadeias públicas. As seis unidades já implantadas, Osasco I e II,

03/24/2001


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