Desemprego cai a 5,4% em 2013 e é o menor em 11 anos, diz IBGE
A taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do País (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre) atingiu, em dezembro, o menor nível desde março de 2002.
O percentual de desocupação caiu para 5,4% na média dos 12 meses de 2013, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o menor resultado registrado desde que o instituto iniciou a divulgação da Pesquisa Mensal de Emprego IBGE, em 2002.
Na prática, isso significa que o número de desempregados em 2003, que era de 2,6 milhões de pessoas, caiu 49,5% e fechou 2013 em 1,3 milhão de pessoas - quase a metade do que era 11 anos atrás.
Os dados fazem parte de um balanço divulgado pelo instituto mostrando as principais transformações registradas no mercado de trabalho brasileiro entre 2003 e 2013. Nesse período, a taxa de desocupação caiu de 12,4% para os atuais 5,4%.
Carteira assinada
A situação do trabalhador também melhorou, nesse intervalo, com a intensificação das políticas de formalização do mercado de trabalho, e pela primeira vez na história o índice de trabalhadores com carteira assinada superou a metade do universo de empregados. O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado cresceu de 39,7% para 50,3%, entre 2003 e 2013. De 2003 a 2012, 5,9 milhões de trabalhadores passaram a contribuir com a Previdência. A proporção de pessoas ocupadas que contribuíam para a previdência passou de 61,2% em 2003 para 74,4% em 2013.
Renda
Outro ponto de avanço foi a renda do trabalhador. Se em 2003, a média do rendimento mensal era estimada em R$ 1.488,48, em 2013 esse valor ficou em R$ 1.929,03 – isso representa um crescimento real de 29,6% na renda mensal média.
O resultado positivo é ainda mais destacado quando se leva em consideração apenas o universo de trabalhadores de cor preta ou parda. Nesse segmento, o rendimento se elevou 51,4 % desde 2003, enquanto a renda dos trabalhadores de cor branca cresceu 27,8%.
Entre 2012 e 2013, o rendimento cresceu, em termos reais, em quase todas as formas de inserção: empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (5,6%); trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (2,1%); trabalhadores por conta própria (1,3%).
Escolaridade
A proporção de pessoas ocupadas com 11 anos ou mais de estudo cresceu 17,1 pontos percentuais (de 46,7% para 63,8%), entre 2003 e 2013.
No mesmo período, o contingente de trabalhadores com ensino superior passou de 13,8% para 20,6%.
30/01/2014 14:04
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