Detetive citado por Veja nega ter sido procurado por "algum policial do Senado"



O detetive Edilmar Lima, de Brasília, afirmou, em depoimento na Polícia do Senado, que nunca foi procurado por pessoa que tenha se apresentado como "policial do Senado" ou que tenha qualquer ligação com a Polícia Legislativa do Senado. Segundo matéria da revista Veja desta semana, o detetive teria sido acionado pela Polícia do Senado para levantar informações financeiras do senador Marconi Perillo (PSDB-GO).

Ainda conforme a revista, a Polícia de Goiás teria descoberto que o pedido de investigação partira da Polícia do Senado. O senador declarou à revista suspeitar que a investigação tenha ligação com sua atuação pela cassação do mandato do senador Renan Calheiros.

A Polícia do Senado tomou o depoimento do detetive depois de instaurar inquérito policial, determinado pelo presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC). Conforme nota à imprensa divulgada pela Polícia do Senado nesta quinta-feira (6), foram ainda apresentadas ao detetive fotos de todos os policiais do Senado, para verificar se ele havia sido procurado por algum deles. A resposta também foi negativa. 

Veja a íntegra da nota da Polícia do Senado Federal:

"Em cumprimento à determinação do Presidente do Senado Federal, foi instaurado inquérito policial objetivando a apuração de denúncia veiculada pela Revista Veja (Edição nº 2037), sob o título 'Espionagem Oficial', cujo teor mencionava que a Polícia do Senado Federal teria acionado um escritório de detetives para investigar um Senador da República.

O detetive mencionado na referida reportagem prestou depoimento na Polícia do Senado, onde afirmou, expressamente, jamais ter sido procurado por qualquer pessoa que se tenha apresentado como 'policial do Senado' ou tendo qualquer ligação com a Polícia Legislativa do Senado Federal, para contratar seus serviços ou para qualquer outro fim.

Mesmo diante dessa negativa, a Secretaria de Polícia do Senado fez questão de mostrar ao detetive fotos de todos os policiais lotados naquela unidade, sendo-lhe indagado se alguma daquelas pessoas o havia procurado ou se estaria entre o rol de seus clientes e contatos. O detetive foi categórico, destacando não haver reconhecido qualquer um dos agentes.

Os fatos aqui relatados irão constar do inquérito policial em andamento na Polícia do Senado e que será, ao seu término, encaminhado à Justiça Federal." 

Brasília, 06 de dezembro de 2007



06/12/2007

Agência Senado


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