DF tem taxa de desemprego superior à média nacional, mostra Ipea



A taxa de desemprego na capital federal caiu entre 2001 e 2009, mas os patamares são bastante superiores aos do Centro-Oeste e do Brasil, de acordo com a pesquisa Situação Social nos Estados, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada nesta quinta-feira (19), em Brasília. Em 2001, a taxa no Distrito Federal era 14,1%, tendo caído para 11% em 2009. Já no Centro-Oeste, no mesmo período, o percentual era 8,5% e 7,6% e para o Brasil, o índice ficou em 9,2% e 8,2%, respectivamente.

No quesito qualidade dos postos de trabalho, particularmente no que se refere à remuneração, o Distrito Federal também se encontra em situação favorável em relação às médias nacional e do Centro-Oeste. O rendimento médio do trabalhador no DF era de R$ 1.815,29 em 2001 (no Brasil, essa média era de R$ 1.039,41, e no Centro-Oeste, R$ 1.124,28) e em 2009, passou para R$ 2.245,95, sendo R$ 1.116,39 no Brasil e R$ 1.326,09 no Centro-Oeste.

Essa situação de vantagem é reduzida quando se analisa a zona rural. No Distrito Federal, os pesquisadores do Ipea constataram que o rendimento do trabalhador rural era R$ 1.160,01 em 2001 e de R$ 1.013,68 em 2009. Entretanto, mesmo com a queda que sofreram no período, os rendimentos rurais superam bastante seus correlatos nacionais (R$ 488,46 e R$ 625,45) e do Centro-Oeste (R$ 670,80 e R$ 845,11), naqueles anos.

O Distrito Federal tem escolaridade – medida pela média de anos de estudo da população de 15 anos ou mais – superior à do Centro-Oeste e à nacional em todos os anos, de 2001 a 2009. Nessa unidade da Federação, essas médias são 8,2 e 9,6 anos de estudo, enquanto, na região, elas caem para 6,5 e 7,9 anos e, no País ficam em 6,4 e 7,5 anos, respectivamente.

Entretanto, se considerarmos o crescimento de ponta a ponta no período, nota-se que o Distrito Federal teve desempenho (16,9%) inferior ao nacional (18,7%) e ao do Centro-Oeste (20,6%). A população rural do Distrito Federal encontrava-se, em 2009, com escolaridade de 7,2 anos de estudo.

Na questão do analfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais, o Ipea verificou que o Distrito Federal também apresenta padrões favoráveis em relação às médias regional e nacional. Em 2001, 5,5% das pessoas do DF eram analfabetas, contra 10,2% da população do Centro-Oeste e 12,4% dos brasileiros. Ao longo da década, a queda do analfabetismo se deu mais intensamente no DF do que na região e no País. Em 2009, os analfabetos compunham 3,4% da população do DF, enquanto no Centro-Oeste e no Brasil, eles representavam 8% e 9,7%, respectivamente.

Outro indicador considerado na pesquisa do Ipea é a taxa de homicídio masculina (número de mortes por 100 mil habitantes), para a faixa etária de 15 a 29 anos. No caso do Brasil, ela caiu de 101,4 em 2001 para 94,3 em 2007. O Distrito Federal também apresenta tendência de queda, apesar de os números serem bem mais elevados (130,1 em 2001 e 120,9 em 2009) que os nacionais e regionais. No Centro-Oeste, esse tipo de violência segue trajetória de ascensão, ainda que em patamares mais baixos que os exibidos no Distrito Federal (89,8 e 96,5, em 2001 e 2007, respectivamente).

 

Fonte:
Agência Brasil



19/01/2012 17:03


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