Dilma assina protocolo para implantar fábrica de amônia e gasoduto em Uberaba (MG)
A presidenta da República, Dilma Rousseff, participa nesta quinta-feira (17) da assinatura do protocolo de intenções entre a Petrobras; a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig); e o governo do estado de Minas Gerais para a implantação da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN V) e de um gasoduto em Uberaba.
O objetivo é desenvolver ações para a viabilização econômica da construção da UFN V, pela Petrobras, em Uberaba. A unidade terá capacidade de produção de 519 mil toneladas/ano de amônia e tornará o País autossuficiente neste insumo, que é usado na agricultura e na indústria. Em paralelo, será viabilizada a construção de um gasoduto até Uberaba pela Cemig, para atendimento à fábrica de amônia.
A UFN V terá capacidade de produção de 519 mil toneladas por ano de amônia e irá consumir 1.257 mil m3/dia de gás natural. Integrante do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), a obra começará em fevereiro de 2012 e será concluída em dezembro de 2014. Serão investidos US$ 1,3 bilhão na fábrica e serão gerados 5 mil empregos durante a construção, com um índice de nacionalização de 65%.
Importância do empreendimento
A região do Triângulo Mineiro é o principal pólo de fertilizantes fosfatados do País e a UFN V será instalada no Distrito Industrial III, no município de Uberaba, em uma área de 104 hectares. A unidade também irá atender às demandas dos estados de Goiás, Mato Grosso e parte de São Paulo. O trabalho de sondagem para avaliação do solo e posterior terraplanagem começou em fevereiro.
A amônia é matéria prima para a produção de mono-amônio-fosfato (MAP), um fertilizante binário que contém fósforo e nitrogênio, e que é utilizado, principalmente, nas culturas de milho, cana de açúcar, café, algodão, laranja, entre outros. Hoje, a amônia é importada, via Porto de Santos, de Trinidad e Tobago e Venezuela, o que faz do Brasil o quarto maior importador de fertilizantes do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia.
Com a implantação da UFN V, o País não necessitará mais de importar amônia, o que contribuirá para o saldo da balança comercial. No ano passado, a produção comercializável de amônia da Petrobras foi de 202 mil toneladas. Para complemento da demanda nacional foram importadas 278 mil toneladas, totalizando uma demanda de 480 mil toneladas.
Além de agregar valor e dar mais flexibilidade à cadeia de comercialização de produtos do gás natural, a produção de amônia em Uberaba vai aliviar o Porto de Santos para movimentações de outros importantes produtos para o país e irá retirar das principais estradas cerca de 100 caminhões de amônia diariamente no trajeto do porto ao Triângulo Mineiro, reduzindo as possibilidades de acidentes.
A construção do gasoduto, que será interligado ao Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), para o abastecimento da UFN V, propiciará também possibilidades de investimentos ao longo do traçado deste novo duto.
Projeto Fertilizantes Petrobras
Hoje, o País já conta com duas fábricas de fertilizantes que produzem ureia e amônia: a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia (Fafen-BA), em Camaçari, na Bahia, e a Fafen-SE, em Laranjeiras, Sergipe. Juntas, as duas possuem capacidade de produção de 1.056 toneladas de ureia e um excedente comercializável de 255 mil toneladas de amônia.
A implantação de novas unidades de nitrogenados está alinhada com o objetivo estratégico da Petrobras de agregar valor ao uso do gás natural na monetização de suas reservas. Além da UFN V, a companhia investe na construção da UFN III, em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, da UFN IV, em Linhares, no Espírito Santo, e na expansão da Fafen-SE, que, a partir de janeiro de 2013, produzirá também o fertilizante sulfato de amônio.
A UFN III, em Três Lagoas, recebeu em 22 de fevereiro a licença de instalação. A unidade entrará em operação comercial no segundo semestre de 2014 com capacidade de produção de 1,210 milhão toneladas de ureia e 81 mil toneladas de excedente de amônia por ano. A fábrica será a maior unidade de fertilizantes nitrogenados da América Latina e dobrará a produção nacional de ureia, contribuindo para redução das importações desse insumo. Hoje, o Brasil importa 67% da ureia que consome.
A UFN IV, em Linhares, destinará ao mercado de 665 mil toneladas por ano de ureia, 684 mil toneladas por ano de metanol, 200 mil toneladas por ano de ácido acético, 25 mil toneladas por ano de ácido fórmico e 30 mil toneladas por ano de melamina. A unidade entrará em operação em dezembro de 2015.
Todas as unidades vão operar em sintonia à geração termelétrica. Dessa forma, o gás natural disponível na malha de transporte brasileira e não demandado nos períodos de alta geração de energia pelas hidrelétricas será transformado em amônia ou ureia, fomentando a produção destes dois importantes fertilizantes para o desenvolvimento do País.
Fonte:
Petrobras
16/03/2011 20:24
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