Dilma condena preconceitos contra os mais pobres ao lançar Plano Brasil sem Miséria



Em discurso durante o lançamento do Plano Brasil sem Miséria, no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (2) em Brasília (DF), a presidenta Dilma Rousseff trouxe para o Estado a obrigação de erradicar a miséria, mas pediu apoio e empenho dos governadores e prefeitos, do Legislativo e Judiciário e de todos “os brasileiros e brasileiras deste País”. O plano pretende retirar da situação de miséria um total de 16,2 milhões de brasileiros. 

A presidenta defendeu que o Plano tem a função social de “gritar” que ainda existe miséria no Brasil e que essa população não pode ser tratada como mera estatística. Dilma Rousseff criticou a visão “fatalista de que a pobreza deva existir” e foi enfática: “não é realismo, é cinismo”.

Dilma rebateu teorias que reforçam preconceitos de que os pobres são os próprios causadores dessa condição ou de que já nascem “condenados” a serem miseráveis pelo fato de a economia mundial não poder incorporá-los. “O pobre no Brasil foi sempre o grande invisível, o grande desnecessário, o jamais incluído. A população pobre raramente foi vista da maneira como deveria ser enxergada. Ela tem que ser enxergada como construtora de futuro (…), como sendo capaz de construir sua própria riqueza, sua própria dignidade”, afirmou. 

Ela informou, ainda, que o governo atuará de forma diferente nas cidades e no campo, onde a pobreza extrema está mais concentrada, e frisou que o governo investirá cada vez mais na educação, a principal ferramenta para que as famílias saiam da pobreza e deixem mais rapidamente programas de transferência de renda como o Bolsa Família. “Quero renovar nosso compromisso de estar juntos com vocês na erradicação da miséria”, finalizou.

A presidenta lembrou que o Plano Brasil sem Miséria é “um braço essencial de seu governo”, mas não é o único. Em seu discurso, ela reforçou o cumprimento do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), do Minha Casa, Minha Vida, do Pronatec e de programas de Saúde e Educação que, “alimentados por uma política econômica de equilíbrio fiscal, controle da inflação e geração de empregos” permitirão ao Brasil continuar crescendo ao mesmo tempo em que promove a inclusão social.


Fonte:
Blog do Planalto



02/06/2011 20:02


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