Governo deve lançar Plano Brasil sem Miséria no dia 2 de junho
O governo anunciou nesta quarta-feira (25) que o lançamento do Plano Brasil sem Miséria, desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), deve ser realizado no dia 2 de junho. A meta é retirar 16 milhões de pessoas da extrema pobreza até 2014.
Entre os objetivos do plano está elevar a renda familiar per capita das famílias que vivem com até R$ 70 por mês, assim como ampliar o acesso aos serviços públicos, às ações de cidadania e às oportunidades geradas por políticas e projetos públicos.
A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, apresentou nesta quarta-feira a sindicalistas as linhas gerais do programa e anunciou a data de lançamento do conjunto de ações. A integração entre a formação profissional e a geração de emprego e renda foi um dos pontos defendidos pelo movimento sindical no encontro, de acordo com o secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Quintino Severo.
“Dentro do plano se cruzam propostas de integração de políticas públicas e a ministra apresentou um tema importante que é articular formação profissional com geração de emprego e integração das pessoas no campo da educação”, disse ele.
A reunião desta quarta-feira, que também teve a participação do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, faz parte do conjunto de encontros entre movimentos sociais e governo para apresentação do Brasil sem Miséria. As sugestões dos diversos setores poderão ser incorporadas ao plano.
Antes, representantes de trabalhadores rurais, de movimentos sociais urbanos, de organizações não governamentais e movimentos de jovens e negros conheceram as diretrizes da política. Ainda haverá encontros com representantes religiosos e do agronegócio, entre outros setores.
Além da CUT, participaram da reunião desta quarta-feira representantes de entidades como a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Durante o encontro, os ministros ressaltaram a importância do efetivo compromisso da sociedade nas ações de erradicação da extrema pobreza no País. Gilberto Carvalho disse que a presidenta Dilma Rousseff quer construir um plano democrático e participativo e informou que, mesmo após o lançamento oficial, o programa continuará a ser aprimorado a partir das contribuições da sociedade civil.
Ao apresentar os eixos de atuação do Brasil sem Miséria, Tereza Campello frisou que a atuação do poder público em parceria com a sociedade resultará, ao longo do tempo, na elevação da renda da população extremamente pobre e na significativa melhoria de suas condições de vida.
Mapa
Estudo elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que no Brasil, atualmente, há 16,267 milhões de pessoas que vivem com até R$ 70 per capta, ou seja, abaixo da linha da extrema pobreza definida pelo governo federal.
O levantamento apontou que os brasileiros extremamente pobres – 8,5% da população – estão concentrados principalmente na região Nordeste, totalizando 9,61 milhões de pessoas (59,1%), sendo a maioria no campo (56,4%). Dos extremamente pobres nas áreas urbanas (8,67 milhões), pouco mais da metade vive no Nordeste (52,6%) e cerca de um em cada quatro na região Sudeste (24,7%).
De um total de 29,83 milhões de brasileiros residentes no campo, cerca de um quarto se encontra na extrema pobreza (25,5%), totalizando 7,59 milhões de pessoas. As regiões Norte e Nordeste apresentam valores relativos próximos (35,7% e 35,4%, respectivamente) de população rural extremamente pobre.
Fonte: Agência Brasil
Blog do Planalto
25/05/2011 17:12
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