Dilma defende cooperação energética entre Brasil e União Europeia



A presidenta Dilma Rousseff foi recebida nesta terça-feira (4) pelo Rei Alberto II e a Rainha Paola no Castelo Real de Laeken, em Bruxelas, na Bélgica, onde foi oferecido almoço em sua homenagem. Após o evento, a presidenta participou do encerramento do Fórum Empresarial Brasil - União Europeia, e destacou a cooperação energética como um dos pilares importantes da parceria estratégica bilateral.

Dilma salientou que no setor de biocombustíveis, as duas regiões oferecem tecnologia e vantagens competitivas. “O suprimento confiável e diversificado de energia e o desenvolvimento de tecnologias que permitam uma economia de baixo carbono são desafios para as nossas sociedades, as nossas nações e os nossos países”, disse.


Cúpula

Pela manhã, a presidenta participou da 5ª Cúpula Brasil – União Europeia. Em comunicado conjunto, os participantes do grupo defenderam o aprofundamento do diálogo político e reafirmaram o “firme compromisso com o êxito da Cúpula do G-20 em Cannes, para que envie forte sinal de unidade e determinação para alcançar resultados ambiciosos e concretos”. Também foi discutido durante a cúpula o apoio ao crescimento forte, sustentável e equilibrado para assegurar a reforma efetiva dos mercados financeiros.

“Eles [os líderes] sublinharam a importância do emprego e da dimensão social da globalização, e destacaram as oportunidades para o crescimento que podem ser criadas pelo desenvolvimento progressivo da economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza, a serem discutidas na Conferência Rio+20 das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável”, diz o comunicado, que ressalta ainda a importância de um sistema multilateral eficaz, centrado em uma Organização das Nações Unidas forte, como fator-chave para o enfrentamento de desafios globais.


Solidez econômica

Ao discursar nesta terça-feira, a presidenta Dilma Rousseff destacou a solidez das políticas adotadas no País, além do sistema financeiro brasileiro. Segundo ela, o Brasil é o País das oportunidades e investimentos, pois a crise econômica internacional não atingiu os bancos nem o crescimento da região.

“As mudanças no Brasil de hoje não são passageiras nem fruto de políticas provisórias, elas resultam de um compromisso com 130 milhões de brasileiros”, ressaltou. “Estamos construindo confiança”, disse a presidenta. “Nossos bancos não foram contaminados pelos ativos do mundo, [porque] o Estado acreditou no seu potencial. [Foi adotada uma política de] estabilidade econômica com inclusão social”, acrescentou.

A presidenta lembrou que, há três anos, o Brasil se tornou credor do Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo ela, o campo de investimentos no País é amplo, pois há um “vasto polo” energético e os projetos referentes ao pré-sal, aos biocombustíveis e ao desenvolvimento sustentável.

Ao citar o cenário político e social brasileiro, Dilma sintetizou: “Vivemos em paz e com democracia. É esse o País que quer fortalecer cada vez mais sua parceria”.

A presidenta reconheceu, entretanto, a existência de falhas que precisam ser corrigidas para garantir que eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, sejam bem-sucedidos. A presidenta chamou as obras que envolvem os aeroportos, portos, rodovias e ferrovias de “gargalos”. Para ela, é fundamental garantir as parcerias com os estrangeiros para a execução dessas obras.

Durante o discurso, Dilma resumiu ainda os avanços tecnológicos e industriais do Brasil. Ela destacou que há um “imenso parque industrial” no País e que hoje brasileiros exportam suas experiências, como fazem a Embraer e a Petrobras. Ela apelou para que a comunidade europeia apoie cada vez mais parcerias em defesa do incremento das relações entre as regiões.


Fonte:
Blog do Planalto
Agência Brasil



04/10/2011 17:49


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