Dirigente de ONG considera proposta defasada da realidade
Na opinião do diretor da SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani, o projeto que será votado pelo Senado criando regras mais rígidas para a criação e funcionamento das organizações não-governamentais (ONGs) -está superado, diante do processo de consolidação de entidades que realmente levam adiante um trabalho sério-.
Mantovani explicou que a SOS Mata Atlântica, por exemplo, já funciona como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) conforme prevê o projeto, presta contas a cada sócio e também ao Ministério Público. No relatório da CPI a SOS está incluída entre as entidades que -normalmente apresentam os registros e a documentação em ordem-.
- Acredito que a proposta do senador César Borges tem caráter reativo, e não se aplica à realidade vivida pelas ONGs, hoje - disse.
Mantovani acrescentou que entidades que não cumprem a sua finalidade existem, mas acabam desaparecendo, e que a lei -deveria estar voltada para a nova dinâmica social em que as associações sérias estão inseridas hoje-. Para ele, a proposta representa -um pé no freio e uma forma quadrada de tratar as ONGs-.
Sobre a entidade que representa, Mantovani disse que a SOS conta com 100 mil sócios e trabalha integrada a redes, como o Fórum Brasileiro de ONGs.
21/06/2004
Agência Senado
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