Dirigentes do Santos serão ouvidos pela CPI do Futebol



O presidente do conselho de sindicância do Santos, Leão Vidal Sion, e o presidente da comissão de estatutos do clube, Mário Mello Soares, deverão ser ouvidos nesta terça-feira (dia 3), depois da Ordem do Dia, pela Comissão Parlamentar de Inquérito que apura irregularidades no futebol brasileiro. O relator da CPI do Futebol, senador Geraldo Althoff (PFL-SC), pretende apurar as denúncias de irregularidades no Santos durante a gestão do ex-presidente Samir Abdul-hak.

O relator informou que os integrantes da CPI estão na expectativa de, ainda nesta semana, terem acesso às demonstrações financeiras completas e ao livro com os registros da contabilidade - todos relativos ao período de 1995 a 2000 - da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e das Federações de Futebol do Distrito Federal e dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais , Rio Grande do Sul e Paraná.

A CPI pretende esclarecer, pela análise do balanço patrimonial, da demonstração de resultados e da origem e aplicações dos recursos, suspeitas de irregularidades que teriam ocorrido naquelas entidades.

Há várias denúncias na CPI sobre desvio de renda de jogos de futebol com a participação ou conivência de funcionários e dirigentes das federações, irregularidades administrativas e participação irregular das federações nas receitas dos clubes. A CPI também requereu uma cópia do contrato de patrocínio firmado pela Federação Paulistana de Futebol com o Banco VR, pelo qual a instituição paga R$ 41 milhões anuais pelos direitos sobre o Campeonato Paulista de Futebol.

Outra suspeita de irregularidade que a CPI deve começar a investigar nesta semana é a compra do jogador iugoslavo Petkovic pelo Flamengo ao Venezia, da Itália. Geraldo Althoff quer o acesso à documentação relativa à operação, porque o Flamengo pagou US$ 6,5 milhões, mas o Venezia recebeu apenas US$ 4,5 milhões.

O presidente do Flamengo, Edmundo dos Santos Silva, argumenta que pagou US$ 2 milhões pela intermediação do negócio a uma empresa chamada Lake Blue, que tem sede em um paraíso fiscal do Caribe. Althoff quer saber por que foi necessária a intermediação da Lake Blue.

02/04/2001

Agência Senado


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