Discriminação em bancos ainda é grande, afirma diretor da Educafro
Em debate sobre cotas no mercado de trabalho para negros e pessoas com deficiência, nesta segunda-feira (19), o diretor-executivo da ONG Educação e Cidadania para Afrodescendentes e Carentes (Educafro), frei David Raimundo Santos, afirmou que a discriminação contra mulheres, negros e pessoas com deficiência ainda é grande na rede bancária do país.
- O número de empregados negros em agencias no Brasil inteiro não chega a 20%. Isso, num país que tem 51% de afrobrasileiros. Esse dado é escandaloso - disse Santos, ao citar os resultados do Mapa da Diversidade no Setor Bancário, elaborado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Ele também comentou os resultados da pesquisa segundo a qual os funcionários negros recebem em torno de 64,2% do salário dos brancos e apenas 20,6% dos contratados conseguem ser promovidos.
O mesmo levantamento aponta que apenas oito de cada 100 mulheres empregadas nos bancos do país são negras.
- Isso é um atentado contra a nação. Um país que ama seu povo permite igualdade para todos - lamentou.
A reunião está sob o comando do senador Paulo Paim (PT-RS) e faz parte de um ciclo de debates que tem como tema central "A Defesa do Emprego e da Previdência Social" da Subcomissão Permanente em Defesa do Emprego e da Previdência Social.
Mais informações a seguir
19/09/2011
Agência Senado
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