Discurso de Aécio resgata fatos históricos, apontam senadores
Na sequência de apartes ao primeiro discurso de Aécio Neves (PSDB-MG), o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) elogiou o reconhecimento do parlamentar à administração financeira na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se baseou no tripé deixado por seus antecessores de responsabilidade fiscal, metas de inflação e câmbio flutuante. Dornelles ainda destacou os avanços de Lula na área social, que também foram mencionados por Aécio.
O parlamentar do Rio de Janeiro disse ainda que Aécio soube avaliar a importância dos avanços das administrações do agora senador Itamar Franco (PMDB-MG) e de Fernando Henrique Cardoso, marcos importantes para a reforma do Estado brasileiro, inclusive com as privatizações como a da mineradora Vale e das empresas de telecomunicações.
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) também mencionou as privatizações do governo FHC, que foram utilizadas como ferramenta eleitoral pelo PT para aterrorizar a população. Ele lembrou que, ao chegar ao poder, o PT não reestatizou nenhuma das empresas vendidas.
O senador do PMDB também elogiou o resgate de fatos históricos feitos por Aécio, que lembrou a oposição do PT ao Plano Real, durante o governo de Itamar Franco, à Lei de Responsabilidade Fiscal, ao Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional (Proer) e à renegociação das dívidas dos estados, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
- Se não fosse o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal, o Proer, a renegociação das dívidas dos estados, o Brasil não passaria por dias tranqüilos que passa hoje - disse.
Para Jarbas Vasconcelos, o discurso inaugurou um novo momento, pois em sua opinião "não é tocando campainha no ouvido de senador que o Senado vai resgatar a dignidade perdida, e sim com expedientes dessa natureza".
Já para Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), o pronunciamento de Aécio, "com moderação e firmeza de político coerente", prova que "não são os homens que brigam, mas suas idéias", de acordo com frase do avô de Aécio, Tancredo Neves (1910-1985).
06/04/2011
Agência Senado
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