DJ Marlboro diz que é inocente e alega 'armação'
Em curto depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia na tarde desta quarta-feira (2), o radialista Fernando Luis Mattos da Matta, conhecido como DJ Marlboro, declarou-se inocente da acusação de ter abusado de uma menina menor de idade. Ele e Junia Fonseca Duarte, que é parente da criança, são réus em um inquérito que corre no Rio de Janeiro por supostamente abusarem de G.M.C., de 4 anos, no sítio do DJ. O processo corre em segredo de justiça.
- Sou inocente. Não fiz nada que estão falando, é uma armação. Não estive no meu sítio no período que me acusam - garantiu o DJ Marlboro, acrescentando que só viu a criança por duas vezes, ocasionalmente.
O depoente também afirmou que quatro computadores foram apreendidos em sua residência pela polícia e não foi encontrado material pornográfico em nenhum deles. Ele também entregou à CPI recibos e documentos da época, alegando que teve compromissos profissionais fora do Rio de Janeiro e também passou por exames e tratamentos devido a um problema ortopédico.
- Estou confiante que tudo será esclarecido. Minha vida é limpa e transparente - disse o radialista.
Junia Duarte, que é ex-assessora de imprensa do DJ, não compareceu perante a CPI e enviou correspondência informando que está em viagem de trabalho na Itália. O presidente do comissão, senador Magno Malta (PR-ES), determinou a convocação coercitiva de Junia, para que se apresente à CPI.
Quem fez a denúncia à CPI por meio de uma carta foi a mãe da menor, Lílian Alvarenga Duarte. Ela, a criança e o pai, Sérgio Teixeira Duarte, já foram ouvidos pela CPI. O depoimento da criança foi acompanhado pela psicóloga que auxilia a comissão e deverá ser repetido mais três vezes. Magno Malta disse que a primeira entrevista da criança com a psicóloga apresenta muitos detalhes do suposto abuso. O acusado também será ouvido pela mesma psicóloga.
Além de Junia, outros três convocados não compareceram: José de Arimatéia Duarte (que também será reconvocado coercitivamente), Paulo Afonso de Farias e Wilma Cássia Mendonça. Os três não têm relação com o caso do DJ Marlboro.
Paulo Afonso é advogado de José de Arimatéia, que teria ameaçado o senador Magno Malta por telefone. Wilma Cássia é psiquiatra do Hospital Universitário Alcides Carneiro. De acordo com Magno Malta, o advogado de Arimatéia sustenta que as ameaças partiram do irmão de seu cliente. Já a psiquiatra teria atestado que o irmão de Arimatéia tem problemas mentais. O próprio advogado, disse o presidente do colegiado, teria chamado os trabalhos da CPI de "palhaçada".
Na próxima sexta-feira (4), a CPI realiza diligência e colhe depoimentos na cidade de Sorocaba (SP), para investigar as denúncias de que uma autoridade da cidade teria ido a um motel com nove crianças e teria em seus computadores materiais com pornografia infantil.
Também participaram da reunião o vice-presidente da CPI, senador Romeu Tuma (PTB-SP), e o senador Papaléo Paes (PSDB-AP).
02/12/2009
Agência Senado
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