Dois maços de cigarro por dia são realidade para 60% dos fumantes na capital



Levantamento foi feito pela Secretaria de Estado da Saúde com 582 dependentes do tabaco

Quarenta cigarros por dia, pelo menos. Dois maços inteiros, ou mais. Este é o dia-a-dia de 60,3% dos fumantes na cidade de São Paulo. É o que aponta levantamento da Secretaria de Estado da Saúde realizado com 582 pessoas, em ações de orientação e prevenção promovidas por intermédio do Cratod (Centro de Referência em Álcool, Tabaco e Outras Drogas), órgão da pasta, na região central da cidade em 2007.

Segundo a pesquisa, quem consome dois maços ou mais por dia é considerado fumante pesado. Já quem fuma até um maço de cigarros por dia representou 22,5% do total. Os fumantes leves, que consomem menos de um maço por dia somam 14,2% dos avaliados pela Secretaria. Os demais 3% de fumantes não conseguiram ou desistiram de realizar o teste.

Os resultados do estudo foram feitos a partir da aplicação de uma espécie de “bafômetro do cigarro”, um aparelho que mede a concentração do monóxido de carbono no organismo da pessoa. O resultado apresentado no display do equipamento é comparado às escalas numéricas de um gabarito, que identifica se o paciente é fumante pesado, fumante ou fumante leve.

“Não existem níveis seguros para o consumo de cigarros ou de qualquer derivado do tabaco, mas quem fuma dois ou mais maços por dia corre mais riscos de enfarto, derrame, enfisema pulmonar e câncer”, afirma a diretora do Cratod, Luizemir Lago.

O levantamento mostra ainda que homens e mulheres com idade entre 45 e 49 anos são os maiores interessados em abandonar o vício. As pessoas nessa faixa etária representaram 16,91% dos avaliados que têm interesse em parar de fumar. Entre os fumantes com idade entre 20 e 24 anos a intenção de parar de fumar foi de apenas 7,90%.

Segundo a diretora do Cratod, as pessoas mais velhas têm mais interesse em parar de fumar que os jovens porque na meia idadade o fumante começa a sentir os efeitos do tabaco no organismo. “O fumante a cima dos 45 anos passa a ter maior evidência de problemas respiratórios e cardíacos, e o consumo de tabaco começa a afetar tarefas corriqueiras do dia-a-dia do fumante”, Luizemir.

Todos que foram considerados fumantes pesados foram encaminhados para serviços de saúde especializados em dependentes químicos, para tratamento gratuito.

Da Secretaria da Saúde

(L.F.)



02/13/2008


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