Dois projetos do Inpa obtêm certificação como tecnologias sociais



Dois projetos desenvolvidos no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) receberam o certificado de Tecnologias Sociais da Fundação Banco do Brasil, na sede da superintendência do banco em Manaus. O Óleo de Buriti para a Indústria de Cosmético a partir da Produção da Farinha e a Solução de Cravo-da-Índia para o Controle do Mosquito da Dengue agora integram a base de dados do banco de tecnologias sociais da Fundação, possibilitando uma disseminação muito mais ampla.

Os dois projetos se inscreveram no Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2013, ferramenta que identifica, certifica, premia e difunde tecnologias sociais já aplicadas. A fundação entende tecnologias sociais como “produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social”. A certificação foi oficializada nesta quarta-feira (30).

A farinha de buriti foi desenvolvida em duas comunidades de Silves, interior do estado, a partir de uma demanda induzida pela indústria de cosméticos, que precisava de óleo dessa palmeira. O produto foi um complemento de renda para 50 famílias das comunidades São João Batista e Nossa Senhora Aparecida.

Já a solução caseira para controlar o mosquito da dengue a partir do cravinho-da-índia resulta de pesquisa de mestrado da bióloga Eunice Moreira. Ela descobriu que uma substância presente na especiaria, chamada eugenol, tem a capacidade de matar as larvas do Aedes aegypti em 24 horas.

Expansão

“Uma novidade deste ano é que essas tecnologias sociais certificadas serão disponibilizadas em outros três idiomas – inglês, francês e espanhol –, indo além da fronteira do Brasil”, destacou o gerente de Mercado e Agronegócios do Banco do Brasil no Amazonas, Paulo Afonso Pena.

Segundo a coordenadora de Tecnologia Social do Inpa, Denise Gutierrez, essa certificação tem um grande significado social porque há um reconhecimento público de que os projetos se constituem em verdadeiras tecnologias sociais. “A certificação se constitui ainda em incentivo para os grupos de pesquisa, que começam a ver que seus produtos e resultados não têm só resultados científicos, mas também um significado de apropriação social”, disse.

Criado em 2001, o prêmio ocorre a cada dois anos e está em sua sétima edição. Em 2013, foram inscritas 1.011 tecnologias e 192 foram certificadas, sendo sete do Amazonas.

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Fonte:
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação



01/11/2013 10:31


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