Dólar recua pela 1ª vez na semana








- Dólar recua pela 1ª vez na semana

- O dólar caiu 2,65%, após cinco pregões consecutivos de alta, e recuou para R$ 3,125. A moeda americana não fechava em queda desde o dia seguinte ao do anúncio do acordo com o FMI. O risco-país brasileiro caiu 4%, para 2.091 pontos, e a Bovespa teve alta de 2,73%.

O principal fator da melhoria do humor do mercado foram rumores da subida do presidenciável José Serra (PSDB) em novas pesquisas que serão divulgadas no fim de semana.

Segundo se comentava, Serra teria reduzido de 12 para seis pontos a distância para Ciro Gomes (PPS), que desagrada ao mercado e teria caído. Por ser apoiado pelo Governo, Serra é visto como prosseguidor da atual política econômica.

Outro fator foi o sucesso da troca de títulos de prazo mais longo por papéis de prazo mais curto, feita pelo Banco Central, antecipando o vencimento da dívida do Governo: foram trocados R$ 9,5 bilhões. (pág. 1 e B1)

- Os fundos de investimento DI e de renda fixa vão sofrer uma reclassificação para se adaptarem às novas regras definidas pelo Banco Central. A nova classificação será anunciada na próxima semana.

Os investidores de fundos DI terão duas opções básicas: fundos de curto prazo - com uma volatilidade menor - e outros que aplicam em títulos de mais de um ano, que poderão escolher se querem adotar a marcação a mercado. (pág. 1 e B4)

- O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, admitiu que Fernando Henrique Cardoso falhou em duas das cinco prioridades que elegeu na campanha de 1994 - emprego e segurança - e disse que manterá as "coisas certas que o Governo fez", no ciclo "Candidatos na Folha".

Serra discordou da avaliação de seus adversários que o sistema financeiro foi o maior beneficiado da era FHC. "Os bancos sofreram muito em 95 e 96, na reestruturação do setor". O tucano afirmou que, se eleito, a negociação da Alca vai "demorar muito". (pág. 1, A10 e A11)

- A Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo vai apurar o uso de carros oficiais em ato da campanha do governador Geraldo Alckmin (PSDB) que marcou a adesão de cerca de 500 prefeitos. Alckmin disse que punirá os responsáveis, se for provado que havia veículos do estado no evento. (pág. 1 e A6)

- O PL, partido coligado nacionalmente com Luiz Inácio Lula da Silva, abandonou o PT em Alagoas e dá apoio informal a Fernando Collor de Mello (PRTB). O presidente liberal no estado admite ser "amigo" do ex-presidente, mas diz que vota no PT de Alagoas. (pág. 1 e A6)

- Dois em cada três empreendimentos da CDHU (companhia de habitação popular do governo do estado de São Paulo) estão irregulares - como não foram registrados em cartório, 144 mil pessoas não podem obter escritura definitiva.

Segundo a própria companhia, de seus 1.700 empreendimentos, 1.120 não existem oficialmente. A CDHU diz que esse processo é complexo e que as regularizações já estão sendo encaminhadas. (pág. 1 e C1)

- A produção industrial em São Paulo caiu em junho 3,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, em sua segunda redução mensal consecutiva.

No primeiro semestre, a produção do setor no estado acumulou queda de 2,8% na comparação com igual período de 2001, segundo o IBGE. A produção média nas 12 regiões pesquisadas registrou recuo de 0,1% no primeiro semestre. Verificou-se queda de produção em oito regiões. (pág. 1 e B6)


Colunistas

PAINEL

FHC deverá apresentar aos presidenciáveis, na segunda-feira, um rascunho da "Agenda 100", documento que listará todos os compromissos do Executivo que vencem nos primeiros cem dias do futuro governo.

  • A "Agenda 100" é coordenada por Pedro Parente (Casa Civil). No documento, constarão previsão de gastos, de arrecadação e de contratações e os projetos a serem tocados como prioridade pelo novo Governo federal. (pág. A4)


    Editorial

    LIVRE PARA ATACAR

    As circunstâncias fizeram de Anthony Garotinho o candidato com o maior grau de liberdade política na atual disputa pelo Palácio do Planalto. Paradoxalmente, são as mesmas circunstâncias que, por ora, têm dificultado que a sua candidatura ganhe maior competitividade. Essa característica foi por diversas vezes manifestada na quinta-feira, quando o ex-governador do Rio de Janeiro foi o terceiro presidenciável a ser sabatinado em série de eventos promovida por esta "Folha".

    À diferença das outras três chapas com fatia relevante nas pesquisas de intenção de voto, a de Anthony Garotinho é a única que é sustentada por um partido político apenas. E o PSB, presidido pelo ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes, é uma legenda pequena. A sustentação política do candidato tem um forte viés regional, o estado do Rio de Janeiro, e algum apelo religioso na população evangélica. Parece pouco para eleger um presidente da República.

    O fato de estar relativamente isolado, no entanto, permite que o oposicionismo de Anthony Garotinho soe muito mais natural do que o do pepessista Ciro Gomes ou o do petista Luiz Inácio Lula da Silva. (...) (pág. A2)


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    08/17/2002


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