Domingo de compras na Região Metropolitana
Domingo de compras na Região Metropolitana.
Shoppings de cidades vizinhas de Porto Alegre estarão
abertos domingo. Na capital, só supermercados funcionarão.
As lojas dos shopping centers de cidades da Região Metropolitana estarão funcionando neste domingo. Um acordo entre os lojistas e funcionários em outubro do ano passado permite que os estabelecimentos atendam à população em pelo menos um domingo a cada mês. Em Porto Alegre, somente os supermercados estarão abertos para compras.
O Canoas Shopping, de Canoas, o Shopping do Vale, de Cachoeirinha, e o Novoshopping, de Novo Hamburgo, abrirão suas portas aguardando não só os moradores das suas cidades mas também os da capital.
"Percebemos, pelas placas dos carros no estacionamento, que a maioria dos nossos visitantes aos domingos não é de Novo Hamburgo", comenta o presidente da Associação de Lojistas do NovoShopping, Márcio Boesing. Ele disse que, por causa dos domingos, as vendas neste ano estão melhores que as do ano passado.
MPF recebe denúncia contra Olívio.
O de justiça do Estado, Cláudio Barros e Silva, remeteu ao seu colega do Ministério Público Federal, Geraldo Brindeiro, e à justiça Militar as denúncias feitas pelo advogado do tenente-coronel Luiz Carlos Martins, contra o governador do Estado, Olívio Dutra, o secretário José Paulo Bisol, o comandante-geral da Brigada Militar, Gerson Pereira, e o deputado Dionilson Marcon. Barros remeteu ao MP Federal, por que não é de competência do órgão estadual julgar denúncias contra chefes de Estado.
A denúncia foi feita pelo advogado Luiz Ferreira, que defende o tenente-coronel Luiz Carlos Martins, que impediu a invasão da barragem de Pinhal da Serra, em março deste ano.
Mello assume no lugar de Fernando Henrique.
Os três substitutos de FHC foram obrigados a deixar o pais. A
lei não permite que exerçam a função porque são candidatos.
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Marco Aurélio Mello, assumiu ontem interinamente a Presidência da República. O presidente interino apenas despachou com o ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente.
Esta é a segunda vez que Mello ocupa a Presidência este ano. Na primeira vez, ele exerceu o cargo por sete dias, quando Femando Henrique Cardoso viajou para Espanha e Itália. Desta vez, a interinidade será mais rápida. FHC retorna no final da tarde de hoje, de Buenos Aires, onde participa de uma reunião com os integrantes do Mercosul.
Mello ocupa a Presidência porque os demais substitutos diretos - o vice-presidente Marco Maciel, o presidente da Câmara dos Deputados, Aécio Neves, e o presidente do Senado e do Congresso Nacional, senador Ramez Tebet, também estão no exterior.
”Britto é tudo de ruim para o estado “, diz Tarso.
O PT lançou ontem a logomarca e o slogan da campanha do seu pré-candidato ao governo. Tarso Genro diz que a frase "Sim ao Rio Grande" é o antídoto ao "risco-Britto". O ex-prefeito da capital não u críticas aos adversários, mas centrou suas baterias em Britto. Para ele, o ex-govemador representa "tudo de ruim que o PT combate, como a venda do patrimonio, as demissões e a arrogância ao administrar o Estado", disparou.
Tarso promete contestar as críticas à segurança e esclarecer a ligação do PT com Diógenes de Oliveira. "Vamos mostrar como está a segurança onde eles governam e o que Britto no seu governo. Diógenes era um filiado que tomou atitudes pessoais." A peça publicitária é assinada por Roberto Pintaúde. Hoje será a vez da coligação PMDB-PSDB lançar a logomarca da campanha de Rigotto/Hohlfeldt.
Polêmica sobre o uso de pardais,no RS longe do fim.
Ministério Público, prefeitura da capital e governo gaúcho
ainda não se entenderam quanto ao uso dos equipamentos.
O Mp (Ministério Público), a Prefeitura de Porto Alegre e o Governo do Estado ainda não chegaram a um acordo sobre a utilização de pardais no controle da velocidade dos veículos. O MP ainda aguarda respostas às notificações enviadas há um mês aos secretários dos Transportes do Estado, Fernando Variani, e do Município, Luiz Carlos Bertotto. Nos documentos, o MP recomenda a sinalização de pardais ao longo das rodovias do Estado e vias da capital e também exige a comprovação da necessidade de instalação de novos equipamentos.
Cunha aguarda também a apreciação do projeto do deputado Elmar Schneider (PMDB), aprovado em maio pela Assembléia Legislativa, que pede o fim dos pardais. O projeto foi vetado pelo Executivo. A matéria só deve ser apreciada novamente pela Assembléia Legislativa após o recesso parlamentar, que termina em 1º de agosto. Para derrubar o veto são necessários 28 votos. Caso isso ocorra, o presidente da Assembléia tem 30 dias para promulgar o projeto como lei. O Executivo ainda poderá apelar com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionahdade) no Supremo Tribunal Federal.
Gaúchos criam dispositivo para
seringa não ser reutilizada.
Um aperfeiçoamento nas seringas pode reduzir a zero o número de pessoas infectadas por doenças como a Aids. Três gaúchos descobriram como não permitir que seringas sejam reutilizadas. A invenção pode ajudar, por exemplo, os usuários de drogas injetáveis. Um mecanismo de segurança impede o compartilhamento das seringas. A idéia surgiu há três anos numa pescaria em Encruzilhada do Sul, onde José Alfredo dos Santos conversava com o sócio Juarez Santos Alves.
"Não pegamos nenhum peixe, mas começamos a desenvolver a idéia", lembra Alves.
Colunistas
COISAS DA POLÍTICA
Caixa único
O Relator da Subcomissão do Caixa único, o deputado estadual do PPS Bernardo de Souza, reclama da resposta do ofício enviado à Secretaria da Fazenda. Diz que os dados vieram incompletos.
Pretexto
O vereador da capital Estilac Xavier, do PT, lembra que a oposição sempre acusou a Prefeitura de apenas pintar cordões de calçada. Agora, diz, inventam novos pretextos para criticar a execução de obras.
Desconhecimento
Candidato ao Piratini pelo PV, José Vilhena reclama que a sociedade não conhece o programa do partido, o que resulta na falta de credibilidade. "O PV é um partido que luta pela vida sustentável", argumenta Vilhena.
Na rua
Candidato à reeleição, o deputado estadual do PT Flavio Koutzii mobilizou 30 militantes para a confecção de 20 mil bandeirolas, que aparecerão pelas ruas na madrugada de sábado, depois da inauguração do comitê na Protásio Alves, 666. O lema de Kotitzii é: "Nós somos de esquerda, somos diferentes mesmo".
lmpeachment
O deputado estadual do PDT Paulo Azeredo (acima) pensa em pedir o impeachment de Olívio Dutra por não cumprir a lei que transforma o prédio do Quartel Geral da Brigada Militar em patrimônio do Estado.
Contribuição
Integrante da comissão que prepara o governo de Lula, a secretária da Cultura da capital, Margarete Moraes colaborou com duas propostas: desconcentração dos investimentos do Ministério da Cultura no eixo Rio-São Paulo e criação do Sistema Nacional de Cultura.
Editorial
MEDIDAS CONTRA O CRIME
A superação dos limites do aceitável fizeram soar um alerta para as autoridades: não é mais possível que o Estado negligencie os altos índices de criminalidade que põem em risco toda a sociedade e subestimam o poder dos governos. A ousadia chegou a tal nível que o presidente Fernando Henrique Cardoso decidiu tomar como ponto de honra o assunto após os atentados contra a Prefeitura do Rio de janeiro, no mês passado.
Na comemoração do 2q aniversário do Plano Nacional de Segur ança, o presidente anunciou algumas medidas para conter o avanço do crime, mas, por questões jurídicas e financeiras, deixou de divulgar talvez a maior ação contra a violência. O governo tem pronto um projeto para uma nova Polícia Federal. Devem ser contratados 6 mil novos agentes que, fardados, teriam a atribuição de fiscalizar portos, aeroportos e fronteiras. Hoje, a PF conta com 7 mil agentes, ou seja, o aumento é da ordem de 80%. Mesmo com as novas contratações, o contingente do órgão é escasso quando se pensa na extensão das fronteiras brasileiras, por exemplo.
A autoridade conquistada pelo narcotráfico só foi possível pela fiscalização precária nas áreas territoriais próximas aos outros países, no caso do Brasil agravado, já que compartilha 252 mil quilômetros quadrados com a Colômbia, maior produtor mundial de entorpecentes. Percebendo a fragilidade do poder público, os chefes do crime organizado não só transportam seus produtos com mais facilidade como também se sentem à vontade para estabelecer seu poder paralelo nas periferias urbanas, tratadas como pequenos feudos em que o Estado de Direito nada significa.
Não só na questão da segurança pública, mas em diversos outros setores da administração, o governo já demonstrou que quando há vontade, as medidas são tomadas no sentido correto. Na semana passada, no lançamento da nota de R$ 20,00, o presidente lembrou que, tal como era com a hiperinflação há alguns anos, o clamor do brasileiro hoje é pelo fim da criminalidade. Se Fernando Henrique Cardoso tem consciência disso, não há porque postergar ações mais severas contra os criminosos.
Muitos passos positivos já foram dados. A criação do Boletim de Ocorrência Nacional é um deles. Agora, os dados estarão em uma rede que interligará a Polícia e o judiciário. É uma boa atitude. Também no plano de ação para o Rio de janeiro, elaborado depois dos ataques à Prefeitura, foram traçadas estratégias de ação bastante profícuas.
Quando a autoridade eleita pelo povo é posta em xeque por criminosos, é sinal de que toda a sociedade está à mercê de algum tipo de agressão. Este é um problema grave e a solução não virá com uma só medida. A reformulação da Polícia Federal é uma decisão importante neste sentido. Qualquer motivo alegado para a não contratação dos novos agentes será injustificável. A população brasileira não suporta mais viver com este nível de insegurança e cabe ao poder público dar um basta nisto.
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07/05/2002
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