Dornelles critica decisão da Anac de dividir demanda de vôos nacionais dos aeroportos do Rio de Janeiro
O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) criticou nesta quarta-feira (26) a decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de restringir a demanda de vôos nacionais do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão - Antonio Carlos Jobim para dividi-la com o Aeroporto Santos-Dumont. Dornelles disse que a meta do governo do Rio de Janeiro é a consolidação do Galeão como concentrador de rotas e vôos internacionais e pelo adensamento dos vôos nacionais, com prioridade para as ligações com as capitais. Em sua avaliação, a decisão da agência segue na contramão da estratégia de atração de vôos do exterior para o Galeão, que necessita de forte conectividade com as capitais estaduais.
O senador lembrou que, no final de 2004, foi configurada a estratégia comum do governo do estado, da Prefeitura e do antigo Departamento de Aviação Civil (DAC) de retornar vôos ao Galeão e restringir o uso do Santos-Dumont. Ele destacou a proximidade do aeroporto em relação aos centros econômicos da cidade do Rio, o que o torna "um dos grandes aeroportos mais centrais do mundo".
- Importante lembrar que, na maioria dos países, um aeroporto internacional atende a uma grande região, e não apenas a uma cidade. Ao Galeão e ao Rio interessam passageiros de Minas Gerais, Espírito Santo, Brasília, Salvador e muitas outras cidades, pois só assim alcançaremos o volume necessário de operações internacionais - assinalou.
Dornelles observou que, na operação de resgate do Galeão, em 2004, milhares de empregos foram salvos e toda uma cadeia de turismo e de negócios do Rio de Janeiro foi beneficiada. O senador apoiou a posição do governador Sérgio Cabral de procurar restringir o uso do Aeroporto Santos-Dumont e de querer uma solução estável e de mercado para o Galeão. Na avaliação de Dornelles, o Galeão deveria ter uma administração independente, por meio de concessão à iniciativa privada.
O senador disse ainda que a diretora presidente da Anac, Solange Paiva Vieira, é "incompetente, pretensiosa, audaciosa, e violenta". Ele fez um apelo ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, para que preste atenção à Anac, pois está convencido de que Solange Vieira não tem "competência e equilíbrio emocional mínimo para dirigir uma agência tão importante".
26/11/2008
Agência Senado
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