É preciso baixar a taxa de juros, diz Lindbergh Farias
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) voltou a defender em pronunciamento no Plenário nesta quinta-feira (25) a queda da taxa de juros no Brasil. Dizendo-se, neste momento, um "homem de uma tecla só", Lindbergh voltou a lembrar a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para a próxima quarta-feira (1º), para pedir uma ação imediata do Banco Central brasileiro.
- É imperioso que, na próxima reunião do Copom, nós entremos na discussão da baixa da taxa de juros. É fundamental acertar no tempo. E o tempo de baixar a taxa de juros é este. Se deixarmos para depois, podemos cometer o equívoco que cometemos na crise de 2008, quando o Banco Central demorou a tomar esta medida - alertou o senador, lembrando a estratégia do governo Lula à época, que precisou incentivar o consumo para amenizar os efeitos da crise econômica mundial no país.
Segundo Lindbergh, a crise econômica vai atingir o Brasil de duas formas: com a invasão de dólares no nosso mercado interno e com uma guerra comercial predatória no mundo, com países em recessão disputando os mercados emergentes. Este cenário pode provocar uma inundação de produtos importados, com risco serio da desindustrialização do país. E, afirmou o senador, o Brasil não pode perder o maior ganho conquistado durante o governo do ex-presidente Lula - os 40 milhões de brasileiros que subiram para a classe média.
Microcrédito
Lindbergh Farias destacou ainda o lançamento, pela presidente Dilma Rousseff, do Crescer, Programa Nacional de Microcrédito, com qual o governo federal pretende expandir o microcrédito para mais de 3,4 milhões de microempreendedores no país. O programa oferece taxas de juros menores do as praticadas no mercado, por meio de bancos públicos - Caixa Econômica, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia.
O senador informou que o Ministério da Fazenda destinou R$ 50 milhões este ano para investir no programa. Em 2012, serão R$ 310 milhões e, em 2013, R$ 283 milhões.
25/08/2011
Agência Senado
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