Eduardo Siqueira Campos atribui declarações de ACM a procuradores a desequilíbrio emocional



O senador Eduardo Siqueira Campos (PFL-TO) afirmou que, caso confimadas, as declarações do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), publicadas pela revista IstoÉ, são fruto de "um momento de perda do equilíbrio emocional e da sanidade". A revista afirma que o senador baiano, em conversa com três procuradores da República, indicou maneiras de provar irregularidades cometidas pelo ex-secretário-geral da Presidência da República Eduardo Jorge Caldas, além de criticar dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o governador de Tocantins, Siqueira Campos.

Eduardo Siqueira Campos classificou as supostas declarações de Antonio Carlos como um ataque gratuito, descabido e infundado. "Lamentavelmente, o saudoso deputado Luís Eduardo Magalhães está fazendo falta. Custo acreditar que isso possa ser verdade", afirmou à Agência Senado.

O senador disse que assistiu ao discurso de Antonio Carlos na terça-feira (dia 20) e que, na oportunidade, conversou em plenário com o colega, que não fez qualquer afirmação no teor do que foi publicado pela revista. Sua surpresa, continuou, é maior tendo em vista que, no dia anterior ao discurso de Antonio Carlos, esteve na tribuna para dizer que não havia no PFL qualquer ação para isolar o senador da Bahia.

Para Eduardo Siqueira Campos, a possibilidade de uma votação secreta, "um preceito constitucional sagrado", ter sido violada aumenta sua perplexidade. A revista narra que o ex-presidente do Senado teria declarado aos procuradores dispor da lista secreta de votação que resultou na cassação de Luiz Estevão. E acrescenta que ele teria dito que a senadora Heloísa Helena votou contra a cassação.

- Me solidarizo com a senadora Heloísa Helena (PT-AL) na sua indignação. Não consigo acreditar que ele (Antonio Carlos) consiga fraudar uma votação secreta. Isso seria uma violação ao mandato parlamentar, que, se cometida por um funcionário do Senado, deve ser punida, no mínimo, com a demissão, a bem do serviço - disse.

Sobre a possibilidade de haver provas de que Eduardo Jorge teria cometido irregularidades no Palácio do Planalto, Eduardo Siqueira Campos afirmou que cabe ao Ministério Público analisar a necessidade de uma investigação pública.

22/02/2001

Agência Senado


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