Eduardo Siqueira Campos defende Marconi Perillo



O senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) defendeu nesta terça-feira (16) o governador de Goiás, Marconi Perillo, acusado, em reportagem do jornal Folha de S. Paulo, de ter favorecido assessores em contrato firmado pelo governo. A denúncia foi antes comentada em Plenário pelo senador Maguito Vilela (PMDB-GO).

De acordo com a matéria do jornal, diversos assessores do governador são fundadores da Rede Goiana de Microcrédito, que tem termo de parceria com o governo do estado de Goiás para executar o Programa Banco do Povo, de incentivo e crédito a microempreendimentos. Ainda conforme o jornal, a taxa de administração para cobrir custos da Rede Goiana de Microcrédito pode chegar a 36% do total de recursos repassados.

Em informe publicitário publicado nesta terça-feira no jornal paulista - cuja transcrição na íntegra foi solicitada por Eduardo Siqueira Campos -, o governo de Goiás informa que a matéria confundiu a Rede Goiana de Microcrédito com uma empresa, quando na verdade ela é uma organização da sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Afirma ainda que não há qualquer referência a taxa de administração no termo de parceria assinado entre as duas instituições.

O senador por Tocantins afirmou que, em contato telefônico, o governador Perillo informou que o Programa Banco do Povo é o maior programa de microeempreendimento, em termos absolutos, atualmente realizado no Brasil. Feito em consórcio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e com prefeituras, já está implantado ou em fase de implantação em 200 dos 246 municípios do estado. Ao todo, são 29,6 mil microempreendimentos, que devem gerar 53 mil empregos diretos.

Eduardo Siqueira Campos informou que o governador de Goiás colocou-se à disposição para comparecer ao Senado e prestar quaisquer esclarecimentos solicitados, para refutar -tudo o que considera distorcido na matéria feita pela Folha de São Paulo -. O senador pelo PSDB acrescentou que Perillo sugeriu a convocação também do prefeito da cidade natal de Maguito Vilela, Jataí, onde uma organização não-governamental (ONG) apresentada pela prefeitura administra os recursos e implementa os empreendimentos. O senador disse ainda que o governador mandou que a Procuradoria Geral do Estado instaurasse uma investigação sobre a denúncia.

Em aparte, Maguito afirmou que, caso a reportagem do jornal não seja verdadeira, o governador de Goiás tem a obrigação de processar o periódico. Ele pediu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o assunto. Também em aparte, o senador Demostenes Torres (PFL-GO) afirmou que o jornal não fez uma acusação formal de irregularidade, mas estranhou que uma taxa de administração possa chegar a 36%.



16/09/2003

Agência Senado


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