Educação: Seminário discute educação integral



Evento abordou conceitos e contextos para a educação integral e sua importância no desenvolvimento sócio-econômico brasileiro

A habilidade de construir pontes entre a educação formal e a extra-curricular dentro das escolas foi o tema defendido pela Secretária Estadual da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, Maria Helena Guimarães de Castro em sua participação na conferência Tecendo redes para a educação integral e em muitos lugares, que ocorreu no dia 17 de agosto, no Memorial da América Latina.

A conferência ocorreu no terceiro dia do seminário nacional “Tecendo redes para a educação integral – o desenvolvimento local e a comunicação como forças educativas”. O evento foi organizado pelo Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), com iniciativa da Fundação Itaú Social e do Unicef. Teve como objetivo a reflexão e o debate sobre contextos e conceitos de Educação Integral (educação interdisciplinar; além do ensino formal) visando à construção de políticas públicas multisetoriais e redes de trabalho.

Dividiram a mesa com a Secretária, Ladislau Dowbor, doutor em Ciências Econômicas pela Escola Central de Planejamento e Estatística de Varsóvia, Polônia e professor da PUC-SP e Lúcia Araújo, jornalista e gerente geral do canal Futura. Eles discutiram o papel do desenvolvimento local e da comunicação como forças educativas. O encontro foi mediado por Marcelo Garcia, Secretário Municipal da Assistência Social do Rio de Janeiro e presidente da Congemas (Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social).

Maria Helena abordou as dificuldades burocráticas para a construção de redes intersetoriais nos diferentes níveis de Governo. “A experiência de governo me fez entender melhor as dificuldades. Na teoria tudo se resolve. Na prática, quando temos que resolver, é mais complexo”. A Secretária destacou também a importância da luta e pressão, por parte das escolas, por maior autonomia e maior envolvimento do Estado na formação das redes de educação integral.

ETEs

No último mês a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico inaugurou 8 Escolas Técnicas Estaduais (ETEs) ligadas ao Centro Paula Souza. Essas escolas trabalham muito próximas às prefeituras, trazendo cursos técnicos e tecnológicos às suas respectivas regiões que sejam voltados à formação do jovem, de acordo com a demanda local.

O Centro Paula Souza é um instrumento fundamental na política de desenvolvimento, por formar pessoal qualificado, de acordo com as vocações regionais, e por promover interface ativa com representantes do meio empresarial e trabalhadores, além de proporcionar a inclusão social desses alunos.

Em sua fala na conferência, a Secretária mencionou a ETE de Bauru como exemplo. A escola tem 80% dos seus cursos no período noturno. Dessa forma, a quadra poliesportiva do local permanece fechada durante todo o dia. Na ocasião da inauguração ela propôs aos dirigentes da ETE que disponibilizassem as dependências da escola para programas extra-curriculares das escolas públicas da cidade e ONGs. “Este é um desafio para cada um de vocês que trabalham em escolas públicas: pressionar as universidades e as escolas técnicas para se envolverem”.


08/22/2006


Artigos Relacionados


Seminário debate experiências da educação integral no mundo

Encontro discute impacto da educação integral contra a pobreza

Seminário discute educação do campo em Tocantins

Seminário discute planos de educação estaduais e municipais

USP: Faculdade de Educação realiza I Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física

Livro reproduz debates de seminário de educação ambiental promovido pela Comissão de Educação