Educação será o primeiro tema a ser abordado pelo Observatório da Eqüidade



A educação é o primeiro tema a ser tratado pelo Observatório da Eqüidade, recém-criado no âmbito do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que é vinculado à Presidência da República. Os integrantes do Observatório pretendem apresentar até novembro parecer no qual deverão sugerir indicadores que permitam avaliar as políticas públicas nessa área. Para discutir o plano de trabalho, foi realizada nesta sexta-feira (18) uma reunião - a primeira do novo órgão - no auditório do Interlegis, no Senado Federal. O encontro também visou ao início dos diálogos com as instituições interessadas em atuar na rede coordenada pelo Observatório.

Os objetivos do Observatório da Eqüidade são, entre outros, verificar as causas das desigualdades existentes no país, identificar as políticas públicas que lidam com esses problemas e elaborar indicadores sociais com os quais se possa avaliar tais políticas. Integram o comitê técnico do novo órgão o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

- Não podemos pensar em desenvolvimento do país utilizando apenas indicadores econômicos - ressaltou Sérgio Haddad, diretor de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong).

Haddad, que também é integrante do CDES, afirmou que a educação foi escolhida como primeiro tema porque "é a base para qualquer processo de desenvolvimento que inclua a superação de desigualdades".

Segundo Esther Bemerguy de Albuquerque, secretária do CDES, o parecer a ser elaborado pelo Observatório da Eqüidade conterá ainda propostas de ações a serem executadas pelo Estado. Ela frisou que o documento deverá ser entregue ao presidente da República em 23 de novembro, durante reunião do CDES.

Rede

O objetivo de desenvolver um trabalho em rede - envolvendo organizações (governamentais ou não), especialistas e ativistas sociais - foi destacado por Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese e integrante do CDES. Ele argumentou que essa articulação é fundamental não só em termos de colaborações técnicas, mas também para mobilizar a sociedade, "inclusive localmente". Clemente Ganz lembrou, por exemplo, que estiveram presentes à reunião desta sexta-feira representantes de secretarias estaduais de educação.

Já Armando De Negri Filho, presidente da Sociedade Internacional de Eqüidade em Saúde, ressaltou que "o trabalho em rede potencializa atividades da sociedade civil e do próprio governo que, muitas vezes, estão fragmentadas ou sobrepostas, e que não raro têm natureza estritamente setorial".



18/08/2006

Agência Senado


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