Eleição do novo presidente do Senado será nesta quinta-feira às 14h30



O presidente interino do Senado, Edison Lobão (PFL-MA), anunciou que será realizada nesta quinta-feira (dia 20), às 14h30, a eleição do novo presidente do Senado Federal. O senador cancelou a sessão deliberativa ordinária que haveria pela manhã, às 10h. A sessão das 14h30 será dedicada exclusivamente ao pleito.

A decisão de Lobão foi tomada ao final da sessão plenária desta quarta-feira (dia 19) depois de discussão sobre os rumos da eleição do Senado, uma vez que até o final da tarde o partido majoritário na Casa, o PMDB, não havia chegado a um acordo sobre o nome - ou nomes - dos candidatos à sucessão do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), que renunciou ao cargo na terça-feira. Por tradição, a Presidência cabe ao partido majoritário. Lobão lembrou que era prerrogativa dele decidir a data da eleição, dentro dos prazos regimentais, mas que preferia colocar a decisão para o conjunto dos senadores.

O Plenário chegou a votar requerimento encabeçado pelo senador Bernardo Cabral (PFL-AM), endossado pelo PFL e pelo PTB e assinado por senadores de outros partidos, transferindo as eleições para a próxima terça-feira (dia 25). A favor do requerimento votaram os líderes do PFL, do PDT e do PTB. Votaram contra os líderes do PMDB e do PSDB. O líder do Bloco, senador José Eduardo Dutra (PT-SE) se absteve e liberou a bancada.

Já ao final da votação, o líder do governo, Romero Jucá (PSDB-RR) e o líder do PMDB, Renan Calheiros, apelaram por uma solução de consenso de forma a que a eleição se realizasse nesta quinta-feira. Lobão então indagou dos líderes se havia consenso e, em seguida, anunciou nova data e horário para a eleição, que estava marcada para as 10h desta quinta-feira.

Durante a discussão do requerimento que adiaria a votação, Jader afirmou que o PMDB é soberano para escolher quais e quantos serão os candidatos a serem apresentados ao cargo. O líder do Bloco Oposição, senador José Eduardo Dutra (PT-SE), afirmou que a votação do adiamento da eleição quebraria um princípio estabelecido na Casa: o de que matérias resolvidas por acordo não podem ser modificadas por votação de maioria. O líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), prometeu fazer o possível para que os senadores cheguem a um consenso sobre o nome a ser indicado pelo partido.

O líder do PFL, senador Hugo Napoleão (PI), disse ser "evidente e notório" haver mais de um candidato à Presidência no Senado dentro do PMDB. Por isso, considerou ser "de bom alvitre" que houvesse um tempo maior para a escolha do candidato, sobretudo para o próprio PMDB. O senador Bernardo Cabral disse que a intenção de todos que assinaram o pedido era "possibilitar uma reflexão". Segundo ele, os signatários queriam a paz no Senado, que somente ocorrerá se a eleição não se realizar agora.



19/09/2001

Agência Senado


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