Eleito deputado federal, Azeredo faz balanço de seu mandato como senador e recebe elogios dos colegas




Eleito deputado federal em outubro, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) fez nesta quinta-feira (9) um balanço de sua atuação no Senado, nos últimos oito anos, e agradeceu o apoio e companheirismo de seus pares, recebendo elogios dos colegas presentes em Plenário.

Ao analisar sua trajetória no Senado, Azeredo destacou sua participação no grupo de senadores que criou, em 2004, a Subcomissão Permanente de Assuntos Sociais das Pessoas com Deficiência, no âmbito da Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Mencionou também sua participação na Frente Parlamentar da Saúde, desde o início de seu mandato de senador, e lembrou que, em todas as comissões do Senado, contribuiu para o debate e a análise de temas como educação, cultura, segurança pública, meio ambiente, trabalho e emprego e previdência social.

Azeredo assinalou também os pronunciamentos que fez, da tribuna, em prol de mais recursos para a infraestrutura nacional, principalmente logística de transportes e manutenção de rodovias.

O senador mencionou especialmente sua atuação como presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) desde o início de 2009 até agora, ao final de seu mandato.

- Essa atuação foi marcada por debates sobre questões de suma importância para o Brasil, como é caso da adesão da Venezuela ao Mercosul - disse Azeredo, lembrando que o assunto foi debatido em audiências públicas na CRE com a presença de especialistas, diplomatas, políticos e representantes da sociedade civil.

Relações Exteriores

O parlamentar anunciou que na próxima terça-feira (14) será lançado um livro sobre as audiências públicas da CRE que trataram do Mercosul. O senador reafirmou sua posição pessoal é contrária à adesão da Venezuela ao bloco, por entender que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, configura "uma ameaça permanente à harmonia do mercado comum". Para Azeredo, Chávez tem "viés ditatorial" que não condiz com as cláusulas democráticas do Mercosul.

- Na condição de presidente da CRE, e como cidadão, sempre adotei posição crítica à aproximação do Brasil de Estados que não primam pela democracia, como o caso do Irã, além da própria Venezuela. Creio que esta tenha sido a grande falha da política externa brasileira nos últimos anos, somada a uma espécie de duplo comando. Esses são pontos que não gostaria de ver repetidos pela futura presidente - afirmou.

Azeredo também citou alguns de seus projetos (ou dos quais foi relator) que foram transformados em lei nos últimos anos, como a Lei do Airbag (Lei 11.910/09), a Lei dos Consórcios de Saúde (Lei 11.107/05) e a Lei 12.082/09.

O senador disse que deixa alguns projetos em tramitação no Congresso Nacional, como o que permite o uso do FGTS para pagamento de parcelas de anuidade escolar do ensino superior do trabalhador e de dependentes até 21 anos e a proposta de combate aos crimes digitais.

- Trata-se de um texto que construímos democraticamente e que modifica e amplia leis brasileiras, no sentido de modernizá-las e de tipificar treze novos delitos cometidos com o uso das tecnologias da informação - resumiu Azeredo.

Elogios ao político e ao amigo

Em apartes, os senadores Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Marisa Serrano (PSDB-MS), Cristovam Buarque (PDT-DF), Lúcia Vânia (PSDB-GO), Sérgio Guerra (PSDB-PE), João Tenório (PSDB-AL) e Paulo Paim (PT-RS) elogiaram o desempenho do colega como senador e político e destacaram suas qualidades como companheiro e amigo.

Mozarildo classificou a atuação de Azeredo à frente da CRE como um trabalho "sério, seguro e independente", lembrando que em sua gestão foi criada a Subcomissão Permanente da Amazônia e da Faixa de Fronteira. Marisa Serrano disse que o colega foi sempre "uma voz firme em defesa da soberania nacional". Cristovam disse que o trabalho de Azeredo na Câmara dos Deputados será "igualmente produtivo para o Brasil".

Lúcia Vânia classificou o colega como "sério, tenaz, persistente, responsável", afirmando que ele honrou o estado de Minas Gerais. Sérgio Guerra disse que Azeredo é "insuperável na sua cordialidade" e que é impossível alguém ser mais conciliador que ele.

Sérgio Guerra afirmou que Azeredo "fez um excelente mandato", com a marca da discrição e da moderação, "que é a sua marca pessoal", a qual o Senado reconhece e elogia.

- Foi sempre um fator de unidade, de convergência, de agregação no seu jeito cordial de ser, mas nunca foi capaz de produzir concessões comprometedoras e sim alianças, entendimentos, negociações no sentido mais positivo e mais parlamentar e republicano da palavra. É um grande senador, como foi um grande governador e é um grande amigo - afirmou Sérgio Guerra.

João Tenório elogiou a "mineirice" de Azeredo e classificou de magnífico o mandato do colega no Senado. Em nome da bancada do PT no Senado, Paulo Paim disse que Azeredo fez oposição ao governo Lula "com uma diplomacia impecável" e com críticas firmes e duras, mas também claras e respeitosas.

- Eu também quero dizer, a exemplo dos outros senadores, que tenho orgulho de me considerar seu amigo. Sei que fará um excelente mandato também como deputado federal, com a mesma convicção e com a mesma firmeza que fez aqui como senador da República. Meus eternos respeitos. Um abraço - declarou Paim.



09/12/2010

Agência Senado


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