EMOCIONADO, CABRAL AGRADECEU ELOGIOS DE COLEGAS
"Quando soube da homenagem que seria feita, eu não esperava que chegasse a isso". Essa foi a reação do presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador Bernardo Cabral (PFL-AM), ao final dos discursos dos senadores, membros da comissão.Enxugando os olhos, Cabral destacou as coincidências daquele momento, principalmente a reviravolta da vida, que o levou de uma pessoa que teve seus direitos políticos cassados a presidente da CCJ. "Acasos e coincidências são pseudônimos que Deus utiliza quando não quer usar o seu nome", disse Cabral. Ele afirmou que, se pudesse, incluiria a reunião desta terça-feira (dia 15) na sua declaração de bens.Ele agradeceu a cada um dos colegas que se manifestaram. "Não sou arrogante, mas sou altivo. Sou gentil, mas não sou omisso", comentou, depois de ouvir elogios à sua atuação como advogado, presidente do Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ministro da Justiça, relator da Constituinte e finalmente, presidente da CCJ.A humildade com que se tem portado na sua vida também foi destacada por Cabral. "Deus está dizendo: continue humilde, que só com humildade se chega a um dia como o de hoje", declarou. O presidente da CCJ aproveitou ainda a ocasião para homenagear os funcionários da comissão, na pessoa de sua secretária, Vera Lúcia Nunes.Apesar de ter comandado sua última reunião frente à CCJ numa sessão legislativa ordinária, Cabral presidirá a comissão durante a convocação extraordinária de janeiro. A eleição do novo presidente da CCJ acontece na segunda quinzena de fevereiro e, em breve, Cabral terá sua fotografia inaugurada na galeria de ex-presidentes da comissão.
15/12/1998
Agência Senado
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