Eletrobras e Banco Mundial assinam acordo financeiro para execução de programa de energia



O presidente da Eletrobras, José Antônio Muniz, e o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Makhtar Diop, assinaram nesta quinta-feira (24) acordo financeiro no valor de R$ 866,2 milhões para a execução do “Programa Energia +”. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, participou da cerimônia.

O objetivo do programa é reduzir as perdas elétricas, aumentar as taxas de arrecadação e melhorar a qualidade dos serviços prestados à população pelas seis distribuidoras da Eletrobras, localizadas nos estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Piauí, Rondônia e Roraima.

Durante a assinatura, o presidente do Banco Mundial disse que o acordo vai “fortalecer a governança e eficiência da Eletrobras”. Ele aproveitou a oportunidade para elogiar a hidroeletricidade brasileira que, segundo ele, é “única no mundo”.

De acordo com o presidente da Eletrobras, para o setor elétrico brasileiro o dia de hoje [quinta-feira] é excepcional. “Hoje se inicia uma nova história para essas empresas, que com a parceria do Banco Mundial, poderão melhorar os investimentos dos serviços oferecidos à população”, disse.

O programa prevê um conjunto de ações planejadas, tais como redução da freqüência e da duração das interrupções de energia elétrica, ampliação do investimento na expansão e melhoria dos sistemas de distribuição, fortalecimento institucional e capacitação técnica.

Com os recursos também serão executados programas de desempenho gerencial, aplicação das melhores práticas de gestão ambiental, realização de monitoramento e avaliação de desempenho fundamentado em sistemas de informação, execução de programas de ação social e comunicação estratégica.

Para reduzir as perdas elétricas, por exemplo, serão substituídos equipamentos obsoletos por mais modernos, que possam aumentar a flexibilidade operacional e melhorar a qualidade no fornecimento de energia. A infraestrutura será renovada para entrar em operação uma medição avançada, de maior precisão, o que minimizará os riscos de desvios. Inclui ainda a instalação de redes blindadas e caixas de medição capazes de identificar qualquer anormalidade no consumo do cliente, de maneira rápida e eficiente.

Os recursos também serão destinados à construção de linhas de transmissão e subestações em 69KV e implantação de softwares ideais para atualizar dados dos clientes e mapear as redes de distribuição. A fim de conseguir um melhor desempenho comercial, as seis empresas de distribuição irão implantar um Sistema Integrado de Gestão Comercial que permita boa execução e acompanhamento das atividades como medição do ciclo comercial, faturamento e balanço de receitas, detecção e regularização de fraudes, corte e religação de clientes em dívida ou relacionados com fraudes, atendimento nas agências comerciais, reclamações relacionadas à má qualidade do fornecimento de energia elétrica e as questões comerciais, por meio de um call center.

O planejamento e implantação dos processos comerciais serão impulsionados pelo conceito de que cada kWh fornecido deverá ser medido, faturado e cobrado. Isso permitirá uma rápida diminuição das dívidas e detecção e eliminação de perdas. Este processo, juntamente com as ações supracitadas, deverá considerar as características específicas do mercado atendido em cada distribuidora.

Todas as ações previstas no projeto serão iniciadas ainda em 2011 e servirão, segundo a Eletrobras, para colocar as distribuidoras em um mesmo patamar de indicadores positivos, qualidade no fornecimento de energia e eficiência operacional, além de trazer rentabilidade e melhorias nos resultados econômicos financeiros.


Fonte:
Ministério de Minas e Energia



24/02/2011 19:50


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