Em agosto, produção industrial cresceu em sete estados



A produção industrial se manteve estável no mês de agosto no Brasil, com metade das regiões pesquisas em alta e a outra metade em queda, revelam dados divulgados nesta terça-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos 14 estados pesquisados, sete tiveram crescimento da produção e sete tiveram queda em relação ao mês anterior, principalmente na região Nordeste, que sofreu com blecautes em agosto.

Segundo o IBGE, a variação de produção foi de 0,0% em todo o território nacional em relação ao mês passado, após expansão de 2,1% em junho e queda de 2,4% em julho, considerando ajustes sazonais. Na série sem ajustes, agosto interrompeu uma série de quatro meses consecutivos de crescimento em relação aos mesmos períodos do ano anterior, registrando queda de 1,2%.

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No acumulado dos primeiros oito meses do ano, o índice registrou expansão de 1,6%, abaixo da média de 2% do primeiro semestre. Entretanto, a taxa anualizada (indicador acumulado dos últimos 12 meses) continua a mostrar crescimento de 0,7%.

Diferenças regionais

A estabilidade da produção industrial nacional, na série com ajuste sazonal, também foi observada regionalmente. Paraná (3,6%), Goias (1,7%) e Santa Catarina (1,9%) tiveram as maiores expansões, com Santa Catarina se recuperando da queda de -1,1% de julho. Ceará (1%), São Paulo (0,6%), Minas Gerais (0,3%) e Rio Grande do Sul (0,2%) também tiveram alta.

Já a Bahia (-8,6%), com o desligamento do setor elétrico na Região Nordeste em agosto, mostrou a queda mais intensa do mês e interrompeu uma sequência de cinco altas, que acumularam expansão de 6,7%.

Confira as tabelas do IBGE

Também houve perdas acentuadas no Rio de Janeiro (-4,2%), em toda a Região Nordeste (-2,2%), no Pará (-1,6%) e no Espírito Santo (-1,4%). O Rio de Janeiro acelerou o ritmo de queda frente a julho (que havia caído -0,3% em relação a junho), o Nordeste acumulou recuo de - 2,8% após dois meses em queda, o Pará eliminou parte do crescimento de 9,3% verificado em julho e o Espírito Santo acumulou queda de -2,4% nos dois últimos meses. A variação também foi negativa em Pernambuco (-0,8%) e Amazonas (-0,7%).

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral teve variação negativa de 0,1% no trimestre encerrado em agosto, o segundo resultado negativo consecutivo nesse indicador, mas bem menos intenso que o observado em julho (-0,8%).

Produção industrial diminui 1,2% em relação ao ano passado

Na comparação o mesmo mês do ano passado, a indústria registrou queda de 1,2% na produção em agosto de 2013. Nesse mês, as taxas negativas mais intensas foram assinaladas por Espírito Santo (-5,9%), Minas Gerais (-4,5%), Rio de Janeiro (-3,9%), São Paulo (-3,4%), Amazonas (-3,2%) e Pará (-1,6%). Com recuos menos acentuados que a média nacional estão Pernambuco (-0,4%), Bahia (-0,3%) e Região Nordeste (-0,2%). Por outro lado, Paraná (12,3%), Rio Grande do Sul (5,8%), Ceará (5,6%), Goiás (2,0%) e Santa Catarina (1,5%) registraram resultados positivos no índice mensal. No entanto, o IBGE lembra que agosto de 2013 teve um dia útil a menos que igual mês do ano anterior.

De acordo com a pesquisa, onze dos quatorze estados pesquisados apontaram alta na produção no acumulado de 2013, com sete avançando até acima da média nacional de 1,6%. Rio Grande do Sul (6%), Bahia (5,9%), Paraná (3,1%), Goiás (3,0%), Ceará (2,7%), Amazonas (2,3%) e Região Nordeste (2,0%) registraram as maiores altas. Já São Paulo (1,6%), Santa Catarina (1,0%), Rio de Janeiro (0,9%) e Pernambuco (0,9%) foram os demais locais com acumulados no ano positivos

Segundo avaliação do IBGE, esses resultados foram influenciados pelo aumento na fabricação de bens de capital e de bens de consumo duráveis, além da maior produção de petróleo, da produção de álcool, produtos têxteis, calçados e artigos de couro e alimentos.

Por outro lado, Espírito Santo (-8,4%) e Pará (-7,7%) assinalaram as perdas mais acentuadas, refletindo especialmente a menor produção de metalurgia básica e alimentos, no primeiro local, e de indústrias extrativas e metalurgia básica, no segundo. Minas Gerais também teve resultado negativo (-0,8%) no índice acumulado no ano.

Índice dos últimos 12 meses e do acumulado em 2013 são positivos

O acumulado nos últimos doze meses cresceu 0,7%, manteve a trajetória ascendente iniciada em dezembro do ano passado (-2,6%) e mostrou seu maior resultado desde outubro de 2011 (1,4%). Oito dos quatorze locais pesquisados tiveram taxas positivas em agosto e nove mostraram maior dinamismo frente a julho último, com destaque para Paraná (de -4,9% para -2,9%), Rio Grande do Sul (de 0,7% para 1,4%), Ceará (de 0,3% para 0,9%), Pará (de -5,9% para -5,6%) e Santa Catarina (de -0,2% para 0,1%).

Saiba mais

Já no índice para os oito primeiros meses de 2013, frente o mesmo período do ano anterior, o setor industrial mostrou crescimento de 1,6%, em 49,4% dos 755 produtos investigados. Entre as atividades, a de veículos automotores, que avançou 11,0%, permaneceu exercendo a maior influência positiva na formação da média da indústria, impulsionada pela expansão na produção de aproximadamente 80% dos produtos pesquisados no setor, com destaque para a maior fabricação de caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, automóveis e veículos para transporte de mercadorias.

Fonte:
IBGE



09/10/2013 14:19


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