Produção industrial cai 0,2% em agosto



Em agosto de 2011, o índice da produção industrial registrou variação negativa de 0,2% em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, praticamente eliminando o acréscimo de 0,3% observado em julho. Os dados foram divulgados, nesta terça-feira (4), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com igual período do ano passado os índices da indústria foram positivos: 1,8% em agosto de 2011, resultado mais elevado desde maio último (2,5%), e 1,4% no acumulado do período janeiro-agosto de 2011. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, manteve a trajetória descendente iniciada em outubro de 2010 (11,8%), ao passar de 2,9% em julho para 2,3% em agosto.

O setor industrial permaneceu em agosto com o quadro de menor ritmo produtivo observado nos últimos meses, expresso não só na variação negativa de 0,2% frente ao patamar do mês anterior, mas também no ligeiro acréscimo assinalado em julho (0,3%). Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral reforça o quadro de menor dinamismo do setor industrial, uma vez que o setor industrial volta a marcar resultado negativo nesse mês, após ficar ligeiramente positivo no mês anterior.

Na comparação contra igual período do ano anterior, o setor industrial apontou resultado positivo no índice mensal de agosto, após registrar queda em julho. O IBGE destaca a influência do efeito calendário, já que agosto de 2011 teve um dia útil a mais que igual mês do ano anterior. Na análise dos índices por quadrimestres, a produção industrial cresce há seis períodos consecutivos, mas com clara diminuição no ritmo de crescimento, ao assinalar expansão de 1,6% nos quatro primeiros meses de 2011 e 1,2% no período maio-agosto, após registrar 18,0% no primeiro quadrimestre do ano passado, 10,7% no segundo e 4,1% no último, todas as comparações contra igual período do ano anterior.

Na formação da taxa de -0,2% observada na passagem de julho para agosto, 11 das 27 atividades pesquisadas apontaram redução na produção, com o principal impacto negativo sobre a média global vindo do setor de alimentos (-4,6%). Entre os 16 ramos que ampliaram a produção, as influências mais relevantes sobre o total da indústria foram observadas nos setores de máquinas e equipamentos (3,0%), fumo (38,3%), impulsionado em grande parte pelo prolongamento da safra, veículos automotores (1,0%), farmacêutica (2,4%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (4,7%) e celulose e papel (1,5%).

Entre as categorias de uso, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis (-2,9%) apontou a queda mais acentuada em agosto de 2011, eliminando o crescimento de 2,6% registrado em julho último. Os segmentos de bens de consumo semi e não duráveis (-0,9%) e de bens intermediários (-0,2%) também mostraram índices negativos, com o primeiro devolvendo parte dos 3,2% assinalados em julho, e o segundo acumulando perda de 2,4% nos últimos três meses de queda na produção. O setor produtor de bens de capital, ao avançar 0,9%, foi o único que registrou expansão na produção nesse mês, após crescimento de 2,0% no mês anterior.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada no site.

 

Fonte:
IBGE



04/10/2011 15:19


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