Em Davos, especialistas pedem que países desenvolvidos avancem no combate à crise



Especialista em economia fizeram um apelo às nações desenvolvidas, nesta quarta-feira (22), para que não se acomodem perante os recentes progressos e avancem no combate aos efeitos da crise financeira internacional. A recomendação foi feita durante os debates realizados no primeiro dia do Forum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

Em relação à economia mundial, especialmente em relação aos países desenvolvidos, o economista Axel A. Weber, ex-presidente do Banco Central alemão, estimou que cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) desses países ainda seja instável. “As coisas estão melhores na Europa, mas os condutores de políticas públicas não podem ser complacentes", advertiu.

A presidenta Dilma Rousseff deve discursar no evento na próxima sexta-feira (24). É a primeira participação dela no Fórum Econômico Mundial. O tema do encontro deste ano em Davos  é O Remodelamento do Mundo: Consequências para a Sociedade, a Política e os Negócios. Estima-se que, aproximadamente, 2,5 mil pessoas de mais de 100 países participem. Entre os palestrantes estão o fundador da Microsoft, Bill Gates; o cientista político norte-americano Ian Bremmer; o banqueiro, empresário e ex-ministro do Comércio da Indonésia Gita Wirjawan; o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto; e o economista norte-americano Nouriel Roubini.

A participação de líderes mundiais e chefes de Estado está prevista para ocorrer entre sexta-feira (24) e sábado (25), quando termina o encontro. O evento reúne líderes mundiais, empresários, intelectuais e jornalistas para discutir a situação da economia global e temas políticos relacionados à melhoria do ambiente global de negócios.

Cenário econômico

Segundo Axel A. Weber, dois eventos em 2014 podem provocar instabilidade no cenário econômico e financeiro mundial: a eleição de políticos europeus mais céticos em relação ao bloco econômico e o desempenho dos bancos da Europa – o que foi, inclusive, citado em um texto - que pode ser lido em inglês - da diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, divulgado também nesta quarta-feira.

Os painelistas deste primeiro dia de fórum mencionaram a problemática de uma geração perdida, devido ao desemprego estrutural no continente. Os participantes pediram que líderes europeus sejam mais agressivos ao lidar com a crise de desemprego. Para eles, deve-se apostar em mobilidade laboral, aproveitamento das aptidões necessárias no meio empresarial e mais investimentos em educação, tecnologia e inovação.

“A Europa está muito mais estável, o que não é uma conquista pequena. Por outro lado, a situação do desemprego entre jovens é terrível”, disse o professor de políticas públicas e de economia da Universidade de Harvard, Thomas D. Cabot. Na agenda desta quarta-feira do encontro também foram discutidos temas como cidadania no século 21, mudanças do clima, cidades sustentáveis e o papel do empresariado.

Fonte: Portal Brasil com informações da Agência Brasil

 



22/01/2014 19:56


Artigos Relacionados


Brasil tem mais espaço para conter crise que países desenvolvidos, diz Mantega

Marina Silva cobra transferência de recursos de países desenvolvidos para combate ao efeito estufa

Representantes de 12 países discutem na Argentina medidas de combate à crise global

Redução de assassinatos aproxima SP dos países desenvolvidos

Países desenvolvidos terão baixo crescimento financeiro

Pedidos de asilo por imigrantes diminuem nos países desenvolvidos