EM ENTREVISTA À TV SENADO, TIÃO VIANA FALA SOBRE COMERCIALIZAÇÃO DO SANGUE



O projeto de lei do ex-deputado Sérgio Arouca que regulamenta as atividades que envolvem a transfusão de sangue e seus derivados precisa ser revisto com urgência. O alerta é do senador Tião Viana (PT-AC) em entrevista ao programa Debate, da TV Senado, que irá ao ar nesta quinta-feira (dia 25), à 1h, 5h, 13h30 e 21h15.O senador aproveitou para denunciar que o Brasil gasta, por ano, US$ 200 milhões com a importação de hemoderivados, quando o país tem todas as condições necessárias para ser auto-suficiente. "Basta que o governo federal invista nisso, dotando instituições como a Fiocruz e o Instituto Butantã dos recursos necessários para produzirem os kits usados nos exames do sangue destinado à transfusão."Também participou do debate o médico Waldir Mesquita, presidente do Conselho Federal de Medicina. Ele frisou que os gastos com a saúde pública devem ser vistos como investimentos e elogiou a descentralização da fiscalização fitossanitária que está sendo adotada pelo governo, mas adiantou "que sem os investimentos necessários para implantar a fiscalização descentralizada, ela não sairá do papel".O senador Tião Viana disse ainda que o Brasil deve se orgulhar por possuir um dos melhores modelos de saúde do mundo, o SUS. Segundo Tião Viana, não basta só investir muito dinheiro em saúde pública. "Veja que a Grã-Bretanha investe 5,2% do seu PIB em saúde, enquanto os Estados Unidos investem 11,7%. No entanto, os resultados e os indicadores de saúde na Grã-Bretanha estão entre os melhores da Europa, enquanto nos Estados Unidos os indicadores são bem inferiores." Waldir Mesquita observa que erradicar doenças infecciosas é uma questão política. Ele citou o exemplo da poliomielite, que foi totalmente erradicada do país graças aos esforços empreendidos pelo governo. "Sabe por que conseguimos isso com a pólio e não com outras doenças como a hanseníase, tuberculose e malária? Porque o vírus da pólio não distingue ricos e pobres, enquanto essas outras doenças costumam afligir mais as classes menos favorecidas."

24/03/1999

Agência Senado


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