EM HOMENAGEM A JAIRO AZI, SENADO SUSPENDE A SESSÃO



A requerimento do presidente da Casa, senador Antonio Carlos Magalhães, o Plenário do Senado suspendeu a sessão plenária desta segunda-feira (dia 13), em homenagem ao deputado Jairo Azi (PFL-BA), falecido ontem. Quatro senadores prestaram homenagem ao deputado, entre eles o autor do requerimento, que a ele se referiu como companheiro fiel de muitos anos, que exerceu vários mandatos estaduais e federais e que prestou os mais relevantes serviços à Bahia.

Conforme Antonio Carlos Magalhães, as votações recebidas por Jairo Azi cresceram a cada pleito e, na última eleição, ultrapassaram 100 mil votos. Ele se referiu à dedicação com que o deputado atendia seus companheiros de partido, sobretudo os do interior. O senador lembrou que, pela maneira afável de conviver com seus colegas, Jairo Azi era o coordenador da bancada baiana, "merecendo a confiança de todos e, por isso mesmo, tendo uma credibilidade extrema no estado, sobretudo na área política".

Na opinião de Antonio Carlos Magalhães, a morte de Jairo Azi abre uma lacuna na classe política baiana, principalmente em razão da maneira com que o parlamentar sabia atender aos reclamos que vinham do interior. Quando governador da Bahia, o presidente do Senado disse ter testemunhado "invasões" de Jairo Azi a seu gabinete, com seus companheiros do interior, fazendo-o ficar até altas horas tratando dos seus pleitos.

- Ainda ontem, no seu velório, e hoje (segunda-feira) pela manhã, vi a dor, o sentimento, as lágrimas daqueles homens humildes do interior da Bahia pelo passamento do seu deputado - disse ainda o presidente do Senado. Ele afirmou que sua moção, que suscitou outras manifestações de senadores, significará um testemunho do amor que o Parlamento tem por aqueles que se devotam à causa dos mais humildes e também um consolo para a família do deputado.

O senador Djalma Bessa (PFL-BA) lembrou que Jairo Azi começou sua vida como médico no interior, de onde logo partiu para a carreira política.

- Sua política era realmente intensa e de grande aproximação com o eleitorado. Conquistou tantas eleições graças à sua vinculação e identificação com o eleitor, pois era um homem do povo, simples, modesto, capaz de um contato que era mais efetivo que político - disse Djalma Bessa.

Ressaltando que falava também em nome do senador Bernardo Cabral (PFL-AM), Djalma Bessa disse que não só os 100 mil eleitores de Jairo Azis, mas seus amigos sabem perfeitamente que "a Bahia perdeu um grande representante, que soube dignificar e honrar o mandato eletivo que recebeu".

Incumbido pelo líder Hugo Napoleão de homenagear o deputado, o senador Siqueira Campos (PFL-TO) também ofereceu um depoimento de admiração, lembrando que, quando líder da bancada do Partido Democrata Cristão, teve Jairo Azi como um de seus vice-líderes. Ressaltou que, médico, a principal característica do homenageado era saber lidar bem com o homem do interior. Ele informou que teve a oportunidade de acompanhar Azi a vários ministérios, testemunhando sua luta em favor dos interesses da Bahia.

O senador Paulo Souto (PFL-BA) também elogiou o deputado, a ele se referindo como uma figura tradicional do estado, de inestimável capacidade de atender os municípios e de defender os interesses da Bahia.

- Trata-se de uma perda não apenas para os seus correligionários, mas para todo o estado, sobretudo para os municípios do interior, que ele defendia com tanto ardor - disse Paulo Souto.

13/11/2000

Agência Senado


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