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Segundo a embaixadora, o governo brasileiro pretende fortalecer com aquele país a cooperação em agricultura familiar, com ênfase especial na produção de alimentos. Ela informou que existem ainda "grande interesse" naquele país pela produção de etanol e biodiesel, uma vez que ele enfrenta graves problemas de energia.

Nos dois últimos anos, disse Márcia em sua exposição aos senadores, o Zimbábue voltou a crescer, depois de uma profunda crise política e econômica. Entre 1998 e 2009, relatou, o Produto Interno Bruto (PIB) daquele país caiu 40%. Em 2005, 80% da população economicamente ativa encontrava-se desempregada. Além disso, um processo de hiperinflação deixou o país, disse, "à beira do colapso total". Depois das últimas eleições, informou ainda, tomou posse um governo de unidade nacional, que abriu espaço à retomada da atividade econômica.

Ao elogiar a indicação de Márcia Maro, o senador Aníbal Diniz (PT-AC) mencionou a "identidade ancestral do povo brasileiro com o povo africano". O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) manifestou preocupação com a existência de casos de tortura e violência no Zimbábue e manifestou o desejo de o Brasil "contribuir para a paz naquele país".

O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), que morou por quase 10 anos no Zimbábue, lamentou que aquele país tenha enfrentado uma crise tão profunda e que até o momento ainda "não tenha se encontrado", apesar de seus grandes recursos naturais. O senador Jorge Viana (PT-AC) lembrou o desafio enfrentado atualmente pelo Zimbábue e observou que o Brasil ainda tem "uma enorme dívida" com a África.

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