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Emergentes devem decidir forma de ajuda a europeus nesta quinta-feira

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou que a União Europeia tem condições de resolver o problema da dívida soberana de países como a Grécia e também pode atuar para conter o enfraquecimento dos bancos na região.

Em entrevista concedida à Agência Dow Jones e ao The Wall Street Journal, nessa terça-feira (21), em Nova Iorque, o ministro salientou que os países emergentes terão pouco a fazer se as questões centrais do continente não forem resolvidas.

“Está nas mãos da Europa salvar a si mesma. Países que são hoje o epicentro da crise têm de se antecipar e tomar as medidas adequadas” enfatizou Mantega.

Questionado se os Brics (grupo de economias emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) poderiam ter uma posição significativa na tentativa de evitar um colapso financeiro mundial, o ministro não descartou a possibilidade de ajuda por meio da compra de bônus do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), por exemplo.

Ele negou, no entanto, que o governo brasileiro esteja planejando disponibilizar US$ 10 bilhões de seus próprios fundos para ajudar a zona do euro por meio do Fundo Monetário Internacional (FMI). “Não há nenhuma cifra sendo discutida, temos que conversar com os demais Brics”, disse, ressaltando que o Brasil não tomará decisões unilaterais.

Nesta quinta-feira (23), Mantega se reúne, em Washington, com ministros de Finanças dos Brics para debater uma possível ajuda do grupo às nações endividadas da zona do euro. O mesmo tema entrará na pauta do encontro do G20. As reuniões ocorrem por ocasião do Encontro Anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), na capital norte-americana.

Fonte:
Ministério da Fazenda

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