EMILIA E SUPLICY CONSIDERAM QUE CPI CONTINUA PREJUDICADA



Os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Emilia Fernandes (PDT-RS) afirmaram nesta sexta-feira (dia 25) que os trabalhos da CPI do Sistema Financeiro continuarão prejudicados enquanto não for cassada a liminar que suspendeu a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do ex-presidente do Banco Central, Francisco Lopes. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Sepúlveda Pertence, concedeu liminar favorável a Lopes, revogando as medidas adotadas pela comissão. Nesta sexta-feira (dia 25), Pertence enviou carta à CPI, esclarecendo que a liminar não tem efeito sobre outras pessoas investigadas pela comissão.- A carta do ministro Sepúlveda Pertence restitui os poderes da CPI, apenas em termos. Continuamos cerceados, já que não podemos analisar os dados referentes à quebra de sigilo. E isso é gravíssimo. A sociedade deseja que tudo seja esclarecido - opinou Emilia.Suplicy apelou para que o STF julgue, antes do recesso parlamentar de julho, o mérito do agravo interposto pela CPI para revogar a liminar. Dessa forma, sustentou o senador paulista, os senadores terão um mês para analisar os documentos.- Confio que o Supremo decida favoravelmente à CPI, resgatando suas prerrogativas constitucionais. Não imagino que o STF vá rasgar a Constituição. Do contrário continuaremos com dificuldades de trabalhar - alertou o senador.Já o senador Romero Jucá (PSDB-RR) considerou a carta do ministro esclarecedora. "Sepúlveda ressalta que a questão é pontual, referindo-se apenas a Chico Lopes, o que não impede que a comissão continue seu trabalho". Mesmo que o ex-presidente consiga manter a decisão favorável no julgamento do mérito, Jucá não acredita que isso seja empecilho para que ele seja responsabilizado, se for o caso. - As informações com as quais a CPI trabalha já são públicas e o próprio Ministério Público tem indícios suficientes para suas ações - analisou.Romero Jucá acha que o episódio servirá para aprimorar os métodos de investigação de futuras comissões parlamentares de inquérito. "Vamos criar uma sistemática para os casos de pedidos de quebra de sigilo que evite sobressaltos e garanta o bom andamento das investigações", informou.

25/06/1999

Agência Senado


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