Emília Fernandes destaca passeata pela educação e pede atenção para o setor



A senadora Emilia Fernandes (PT-RS) disse nesta quinta-feira (4) em Plenário que, ao contrário da imagem que os meios de comunicação tentaram passar, a manifestação popular ocorrida em Brasília na quarta-feira (3), com a participação de 50 mil pessoas, foi caracterizada pelo sentimento cívico e pela defesa da educação nacional.

- A 2ª Marcha Nacional em Defesa da Educação Pública foi uma passeata oportuna, pacífica e marcada pelo civismo. Foi formada por trabalhadores, estudantes, professores, sem-terra, homens, mulheres, jovens que vieram protestar contra a política do presidente Fernando Henrique para a educação - declarou a senadora.

Ela citou vários índices negativos do setor educacional, como o fato de o país ter ainda 17 milhões de analfabetos e de 8,5 milhões de pessoas dos 7 aos 18 anos estarem fora da escola. Mais grave ainda, ressaltou Emilia, é o dado que aponta que desde 1998, o investimento no ensino fundamental caiu de 5% para 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

Emilia informou que os manifestantes, vários deles em greve, reclamam qualidade para o ensino e apresentaram uma carta de reivindicações ao ministro da Educação, Paulo Renato Souza, indicativa do sucateamento nos três níveis da educação: fundamental, médio e superior.

Ela contou também que o senador Ramez Tebet, presidente da Casa, por iniciativa do senador Mauro Miranda (PMDB-GO) recebeu os representantes dos reitores das universidades em greve e comprometeu-se a solicitar ao ministro que abra canais de negociação com os grevistas.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) apoiou, em aparte, as preocupações de Emília e fez um apelo para que o governo volte a dialogar com a categoria. Também os senadores Mauro Miranda (PMDB-GO), Geraldo Cândido (PT-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL) manifestaram solidariedade à senadora.

Em apartes, os senadores Carlos Bezerra (PMDB-MT) e Ricardo Santos (PSDB-ES) destacaram a gravidade da situação da educação. Bezerra disse que o Congresso tem o dever de intervir nesta questão enquanto o segundo alertou para os riscos da radicalização de ambos os lados envolvidos na questão.

- É preciso abrir um canal de negociação e encontrar uma saída para o impasse, pois os maiores prejudicados são os alunos - recomendou Ricardo Santos.

04/10/2001

Agência Senado


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