Emprego na indústria se recupera e avança 0,3% em julho, diz IBGE



De junho para julho, o crescimento no emprego industrial ficou em 0,3%, já descontados os efeitos sazonais, sétimo resultado positivo consecutivo, segundo mostra a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (10). Esse é o sétimo resultado mensal positivo consecutivo.


Na comparação com julho de 2009, houve expansão de 5,4%, sexta taxa positiva seguida, a mais elevada desde o início da série histórica. O indicador acumulado no ano chegou a 2,9%, acelerando frente ao fechamento do primeiro semestre (2,5%). O acumulado nos últimos 12 meses saiu de -1,5% em junho para -0,5% em julho, o que acentuou a redução na intensidade da queda iniciada em dezembro do ano passado.


Para o instituto, os dados do mercado de trabalho industrial em julho confirmam que "há uma recuperação em curso" no emprego do setor, apesar da acomodação verificada na produção da indústria, no segundo trimestre do ano tenha influenciado negativamente o número de horas pagas, afirmou o técnico da coordenação de indústria IBGE, André Macedo.


O número de horas pagas teve diminuição de 0,3% frente ao mês imediatamente anterior. Já em comparação com os mesmos períodos do ano passado, a alta foi de 5,7% no índice mensal e de 3,8% no acumulado dos sete primeiros meses do ano. A folha de pagamento real dos trabalhadores avançou 1,9% frente a junho, enquanto que, em relação a iguais períodos de 2009, houve crescimento de 11,2% na taxa mensal e de 5,6% no acumulado do ano.

 

Crescimento nacional


O emprego industrial cresceu em todos os locais pesquisados, com São Paulo apontando o maior impacto, ao registrar taxa de 3,9%. Em seguida, vieram as regiões Nordeste (7,7%) e Norte e Centro-Oeste (8,1%), além do Rio Grande do Sul (7,1%), Rio de Janeiro (9,0%) e Minas Gerais (4,4%).


Na indústria paulista, houve acréscimo em 13 setores, com destaque para meios de transporte (7,6%), máquinas e equipamentos (7,7%), têxtil (13,1%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,5%). Na região Nordeste, a maior influência veio dos ramos de alimentos e bebidas (8,3%) e calçados e couro (15,2%), enquanto nas região Norte e Centro-Oeste sobressaíram os segmentos de minerais não metálicos (40,7%), alimentos e bebidas (3,2%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (16,2%).


No Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais, as principais contribuições vieram, respectivamente, dos setores de máquinas e equipamentos (21,7%); alimentos e bebidas (21,5%); e produtos de metal (28,3%).


No total do País, ainda na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a maioria (14) dos 18 segmentos pesquisados ampliou o contingente de trabalhadores, com destaque para as influências positivas vindas de máquinas e equipamentos (11,7%), meios de transporte (8,8%), produtos de metal (10,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,5%), calçados e couro (8,8%), alimentos e bebidas (2,3%), têxtil (9,2%) e metalurgia básica (13,1%). Entre os quatro ramos que apontaram queda, os setores de vestuário (-1,3%) e de madeira (-3,0%) foram os que exerceram os impactos negativos mais relevantes.


No indicador acumulado nos sete primeiros meses do ano, o nível de emprego na indústria foi 2,9% maior que em igual período de 2009, resultado apoiado no crescimento dos 14 locais pesquisados e de 14 dos 18 ramos investigados. São Paulo (2,5%), região Nordeste (4,9%), Rio Grande do Sul (3,8%), região Norte e Centro-Oeste (3,8%), Ceará (8,3%), Rio de Janeiro (4,6%) e Santa Catarina (2,8%) exerceram as influências mais significativas. Setorialmente, as principais contribuições ficaram com alimentos e bebidas (2,1%), máquinas e equipamentos (5,1%), calçados e couro (6,6%), produtos de metal (5,1%), têxtil (6,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (5,9%), meios de transporte (3,5%) e borracha e plástico (4,4%). Madeira (-7,8%) e vestuário (-1,6%) permaneceram apontando as pressões negativas mais importantes.


A Pimes mostra que, em julho, o emprego industrial manteve taxas positivas nos diferentes tipos de comparação. Na evolução dos índices ajustados sazonalmente observa-se manutenção da sequência de taxas positivas, tanto na comparação com o mês imediatamente anterior como no indicador de média móvel trimestral.


No confronto com igual mês de 2009, os resultados continuaram positivos pelo sexto mês, com o índice mensal (5,4%) alcançando a taxa mais elevada desde o início da série histórica, refletindo não só o aumento nas contratações em 2010, mas também a baixa base de comparação decorrente dos efeitos da crise econômica internacional.


No indicador acumulado nos sete primeiros meses do ano também se observa perfil generalizado de crescimento, atingindo todos os locais e a maior parte dos setores investigados.



Fonte:
 IBGE




 



10/09/2010 20:44


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