Empresário Jorge Gerdau participa de audiência sobre a crise internacional
Depois de ter ouvido economistas, autoridades e representantes do sistema financeiro e da construção civil sobre crédito e juros, as comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Acompanhamento da Crise Financeira e da Empregabilidade ouvem um empresário para apresentar aos senadores os problemas que o setor produtivo vem enfrentando.
Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do Conselho de Administração do Grupo Gerdau (siderurgia), fala neste momento aos senadores sobre como o setor industrial está vendo a crise internacional e como tenta superar a falta de crédito para exportações e a queda nas encomendas. A audiência acontece na sala 19 da Ala Senador Alexandre Costa, no Anexo 2 do Senado Federal.
Em pouco mais de um mês, a Comissão de Acompanhamento da Crise ouviu nove depoimentos, em audiências públicas. Além de questionar os convidados sobre os efeitos das medidas que o governo vem adotando para reduzir o impacto da crise financeira, os senadores também têm direcionado suas indagações para o elevado spread cobrado pelo sistema financeiro do país. Spread é a diferença entre o juro que o banco paga aos aplicadores e quanto cobra de quem toma seus empréstimos. Muitos senadores acreditam que, se os juros caírem para os consumidores, a economia interna será reativada.
As audiências públicas da Comissão da Crise, presidida pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ), são realizadas em conjunto com a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), esta dirigida pelo senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN). O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) foi indicado para preparar um relatório, com sugestões ao Congresso e ao governo.
Entre as medidas recomendadas aos senadores por vários depoentes, e que podem constar do relatório de Jereissati, está a criação de um cadastro positivo de bons pagadores, pois a elevada inadimplência tem sido apontada como uma das causas dos elevados juros cobrados de consumidores. Durante os debates, senadores das duas comissões têm questionado o que eles chamam de baixa competição entre os bancos que operam no país, a qual também teria influência nos elevados juros.
08/04/2009
Agência Senado
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