Empresas agregaram mais de 70% dos empregos formais em 2008



Em 2008, as empresas representaram 88,5% do total das organizações ativas no Cadastro Central de Empresas (Cempre), absorveram 73,7% do pessoal ocupado total, 70,3% do pessoal assalariado, o que correspondeu a 62,1% dos salários pagos no ano.

Enquanto isso, a administração pública representou apenas 0,4% das organizações. No entanto, a esfera pública absorveu 19,5% do pessoal ocupado total, 22,7% do pessoal ocupado assalariado e 31,8% dos salários e outras remunerações. Já as entidades sem fins lucrativos somavam, em 2008,  10,5% das organizações ativas.

A análise dos resultados do Cempre 2008 baseou-se nas informações das empresas, e foi divulgado nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Dentre as empresas, aquelas mais antigas e de maior porte foram as principais responsáveis pela absorção das pessoas assalariadas e pelo pagamento da maior parcela dos salários e outras remunerações em 2008. Nesse caso, o salário médio mensal pago pelas empresas foi de 3,1 salários mínimos médios.

As Indústrias de transformação destacaram-se empregando 27,6% das pessoas e pagando 33,6% dos salários no ano.  Do total de 4,1 milhões de empresas ativas, mais de 88% eram microempresas, mas foram as grandes empresas que empregaram 52,5% das pessoas e pagaram 68,3% dos salários.

Sudeste concentrou total de pessoas assalariadas

A região Sudeste concentrou 51,7% das unidades locais, 55,0% do pessoal ocupado total, 55,3% do pessoal ocupado assalariado e 63,4% do total de salários. Em seguida apareceram as regiões Sul, Nordeste, Centro-Oeste  e Norte.

Em termos regionais, a região Sudeste também foi a única a apresentar salários acima da média nacional: o salário médio mensal foi de 3,5 salários mínimos.

Por sua vez, a Região Nordeste apresentou os salários mais baixos (2,2 salários mínimos), que correspondia, na época, a 71,6% do salário médio mensal nacional. Nas Regiões Sul e Centro-Oeste foram pagos 2,7 salários mínimos médios e na Norte, 2,5, o que correspondia a 87,1% (Sul e Centro-Oeste) e 80,6% (Norte) do salário médio mensal nacional, respectivamente.

A diferença salarial entre as Regiões Sudeste e Nordeste foi de 59,1%.

SP, DF e RJ pagaram os salários mais elevados

Os maiores salários médios mensais foram pagos em São Paulo (3,9 salários mínimos médios), Distrito Federal (3,7 salários) e Rio de Janeiro (3,5 salários), tendo sido as únicas a pagarem salários acima da média nacional.

Os menores salários foram pagos principalmente nas unidades empresariais localizadas na região Nordeste, destacando-se Alagoas com 1,8 salário mínimo, Ceará e Paraíba com 1,9 salário mínimo. Nas demais unidades da Federação, os salários oscilaram de 2,0 a 2,4 salários mínimos médios.

 

Fonte:
IBGE

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27/05/2010 11:22


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