Empresas geraram 2,9 milhões de empregos formais entre 2005 e 2008
Estudo inédito da Demografia das Empresas, feito a partir do Cadastro Central de Empresas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e dos Indicadores de empreendedorismo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), detectou que, em 2008, havia 30.954 empresas de alto crescimento no País. Elas representavam 8,3% das empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas e foram responsáveis pela geração de 2,9 milhões empregos formais entre 2005 e 2008. Isso equivale a 57,4% do total de 4,9 milhões de empregos criados no período.
Outro dado divulgado nesta quarta-feira (27) revela a importância das empresas de alto crescimento para a economia do País: entre 2005 e 2008, o número de postos de trabalho assalariados oferecidos por elas cresceu 173,7%, o que equivale, em média, a mais 98,4 assalariados em cada empresa de alto crescimento. No mesmo período, o pessoal assalariado no conjunto das empresas brasileiras aumentou 22,2%.
Em 2008, havia 4,1 milhões de empresas ativas no País, que ocuparam 32,9 milhões de pessoas, sendo 27 milhões (82,2%) assalariadas e 5,9 milhões (17,8%) sócios ou proprietários. Os salários e outras remunerações pagos no ano totalizaram R$ 434,4 bilhões, e o salário médio mensal, R$ 1.255,95, o que equivale a 3,1 salários mínimos médios mensais. A idade média das empresas ativas era de 9,7 anos.
A pesquisa mostrou que existe uma relação direta entre o porte das empresas e a taxa de sobrevivência. Enquanto entre as empresas sem pessoal assalariado somente 67,6% são sobreviventes, nas empresas com uma a nove pessoas esta taxa sobe para 89,2% e para as empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas foi de 96%.
As atividades econômicas que mais se destacaram a partir do total de 889,5 mil empresas que entraram e de 719,9 mil que saíram foram comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas com 444,1 mil e 380,4 mil empresas (49,9% e 52,8%), indústrias de transformação com 68,7 mil e 59,6 mil (7,7% e 8,3%) e alojamento e alimentação com 63,0 mil e 51,6 mil (7,1% e 7,2%), respectivamente.
A taxa de entrada das empresas do mercado em 2008 foi de 21,8%. Por atividade econômica, as maiores taxas de entrada foram observadas em eletricidade e gás (30,2%), artes, cultura, esporte e recreação (29,3%) e construção (28,7%) e as menores em saúde humana e serviços sociais (17,5%), nas indústrias de transformação (16,9%) e nas indústrias extrativas (19,4%).
As regiões Sudeste e Sul apresentaram as maiores taxas de empresas sobreviventes (79,1% e 79,8%, respectivamente) acima da média nacional (78,1%). Mas as maiores taxas de entrada e de saída foram observadas no Norte (28,9% e 22,0%), Centro-Oeste (25,1% e 18,4%) e Nordeste (24,5% e 20,1%), assim como as menores taxas de sobrevivência ,71,1%, 74,9% e 75,5%, respectivamente.
Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais apresentaram as maiores taxas de sobrevivência, 82,2%, 80,5% e 79,6%, respectivamente. Por outro lado, Amapá Roraima, Acre apresentaram as menores taxas, 66%, 66,2% e 66,9%, respectivamente. São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul tinham o maior número de entradas de unidades locais no mercado (296.138, 97.460 e 84.133, respectivamente), mas suas taxas de entrada eram baixas (21,3%, 20,4% e 20,6%).
Fonte:
IBGE
27/10/2010 18:21
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