Empresas terão incentivo para salas de amamentação



Estados e municípios já participam de oficinas de capacitação para incentivar e sensibilizar empresas para a construção das salas de apoio à amamentação, que permitem à mulher recolher e armazenar o leite materno de forma adequada

 

Uma preocupação que toma conta de toda mãe que vai voltar a trabalhar é como fará para continuar amamentando seu filho. Pensando nisso, o Ministério da Saúde, juntamente com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SPB), tem incentivado as empresas a implantarem as salas de apoio à amamentação. Uma ação recente é a parceria desenvolvida pelos ministérios da Saúde e do Planejamento para a realização de um documento para mobilizar as empresas estatais a implantarem este tipo de ambiente.

Com essa iniciativa, o retorno das mães ao trabalho não se torna um momento tão doloroso, pois continuam amamentando e mantendo o vínculo afetivo. Além de terem a oportunidade de continuar amamentando seus filhos pelo tempo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é até os dois anos ou mais.

Em 2010, o Ministério da Saúde, juntamente com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), regulamentou a implementação das salas de apoio à amamentação nas empresas por meio da Nota Técnica Conjunta nº 01/2010. A sala não exige uma estrutura complexa. Por isso, sua implantação e manutenção são de baixo custo. Além disso, todos são beneficiados: mães, bebês e empresas. 

“Todos ganham com as salas de amamentação. A mulher falta menos ao trabalho porque seu filho adoece menos, podendo retirar o leite e continuar amamentando. O bebê continua recebendo o leite materno, que possui anticorpos que previnem doenças e, por outro lado, as empresas demonstram valor às suas funcionárias ao reservar um espaço neste momento tão especial”, esclarece a coordenadora de Aleitamento Materno, Fernanda Monteiro.

As capacitações nos estados e municípios consistem em formar profissionais para sensibilizarem gestores e patrões de instituições públicas e privadas sobre as variadas formas de se apoiar a amamentação no ambiente profissional. Os profissionais são capacitados a apoiar, orientar e supervisionar a implementação de salas de apoio à amamentação nas empresas.

 

Salas de apoio à amamentação

As salas de apoio à amamentação são espaços dentro da empresa em que a mulher, com conforto, privacidade e segurança, pode esvaziar as mamas, armazenando seu leite em frascos previamente esterilizados para, em outro momento, oferecê-lo ao seu filho. Esse leite é mantido em um freezer a uma temperatura controlada até o fim do dia. Cada recipiente é etiquetado, identificando o nome da mãe, a data e a hora da coleta. No fim do expediente, a mulher pode levar seu leite para casa para que seja oferecido ao filho ou pode ainda doá-lo a um Banco de Leite Humano.

 

Leite materno

A recomendação do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que o aleitamento materno seja exclusivo até os seis primeiros meses de vida do bebê e a amamentação até os dois anos de idade ou mais. Pesquisa divulgada em 2009, do Ministério da Saúde, mostrou que 34% das mães com bebê menor de um ano e que trabalham fora de casa não amamentam mais a criança. Enquanto que as mães que não trabalham fora, esse índice é menor, de 19%.

 

Armazenamento

O leite deve ser retirado depois que o bebê mamar ou quando as mamas estiverem muito cheias. Ao retirar o leite, é importante seguir algumas recomendações que fazem parte da garantia de qualidade do leite humano.

Entre as orientações está: escolher um lugar limpo, tranquilo e longe de animais; prender e cobrir os cabelos com uma touca ou lenço; evitar conversar durante a retirada do leite ou utilizar uma máscara ou fralda cobrindo o nariz e a boca, e lavar as mãos e antebraços com água e sabão e secar em uma toalha limpa.

O frasco com o leite retirado deve ser armazenado no congelador ou freezer. Na próxima vez que for retirar o leite, é importante utilizar outro recipiente esterilizado e, ao terminar, acrescentar este leite no frasco que está no congelador.

 

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Fonte:
Ministério da Saúde
Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano

 

10/10/2012 15:25


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