Energia para abastecer 40% do consumo residencial do País
Localizada no Rio Xingu, no estado do Pará, a Usina de Belo Monte vai produzir energia suficiente para abastecer 40% do consumo residencial de todo o Brasil. É a maior obra de infraestrutura do País, e deve representar cerca de 7% da expansão de capacidade de energia prevista para o País até 2021.
O empreendimento faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. A hidrelétrica vai aumentar a oferta de energia e garantir mais segurança ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
O empreendimento recebeu o maior empréstimo da história, para um único projeto, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O financiamento, com prazo de 30 anos, somará R$ 22,5 bilhões e autorização para emitir mais R$ 500 milhões em debêntures de infraestrutura para a Norte Energia S.A., que investirá R$ 28,9 bilhões em Belo Monte.
Parte do aumento do custo anunciado inicialmente visa à redução do impacto ambiental. A usina de Belo Monte vai funcionar em sistema de fio d´água, ou seja, a água do rio passa pelas turbinas e volta ao leito, sem a formação de grande reservatório. Esse foi um arranjo de engenharia para gerar energia de forma constante com baixo impacto socioambiental e com a menor área alagada possível.
Da energia produzida por Belo Monte, 70% irão para 27 distribuidoras localizadas em 17 estados. Dez por cento, para as empresas autoprodutoras no Pará e sócias do empreendimento e 20%, para o mercado. As indústrias não receberão energia subsidiada.
O Sítio Pimental, que terá a barragem principal, fica a 40 quilômetros de Altamira e o Sítio Belo Monte, onde está localizada a casa de força principal, fica a 52 quilômetros da cidade.
Para obter a licença de instalação, o empreendimento se comprometeu a atender a uma série de exigências feitas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ao todo, são 14 planos de ação, envolvendo 54 programas e 86 projetos para o desenvolvimento regional nos cinco municípios da área de influência direta da usina (Altamira, Brasil Novo, Senador José Porfírio, Vitória do Xingu e Anapu).
A obra não inundará terras indígenas, nem terá impacto direto sobre esses territórios, apesar da mudança de vazão na área da Volta Grande do Xingu. Mesmo assim, o hidrograma proposto não deve alterar as condições das etnias Juruna e Arara, que habitam a área.
Os impactos decorrentes da construção da hidrelétrica referentes ao meio ambiente, bem como às populações indígenas e aos ribeirinhos, foram identificados no EIA para a elaboração do Projeto Básico Ambiental e do Projeto Básico Ambiental da Componente Indígena (PBA-CI).
A Norte Energia tem também o compromisso de investir ao longo de 20 anos a quantia de R$ 500 milhões no Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu (PDRSX), que promove projetos de interesse regional propostos, discutidos e aprovados pelas próprias instituições, oficiais ou não, com foco na região do Xingu e Transamazônica. O governo federal, por meio de seus programas, irá investir nessa região e no mesmo período cerca de R$ 3,0 bilhões.
Saiba mais sobre a Usina de Belo Monte.
Veja também a apresentação da usina e conheça mais detalhes sobre a obra de Belo Monte.
Fontes:
Ministério de Minas e Energia
Aneel
Empresa de Pesquisa Energética
Norte Energia
18/08/2013 16:22
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